quinta-feira, 30 de julho de 2009

Painel 30/07

BALANÇOS INJETAM APETITE POR RISCO NOS MERCADOS INTERNACIONAIS

BALANÇOS INJETAM APETITE POR RISCO NOS MERCADOS INTERNACIONAIS

Londres, 30 - O apetite por risco volta aos negócios nos mercados internacionais na manhã de hoje. O combustível são os diversos balanços já anunciados nesta quinta-feira, considerados positivos. Os investidores buscam as ações e as moedas europeias, em detrimento do dólar. As commodities voltam a mostrar ganhos.

Depois de provocarem correções ontem, os temores com a possibilidade de aperto no crédito da China, para segurar uma possível bolha de liquidez, ficam de lado. "Os empréstimos bancários (chineses) em junho foram absurdamente altos. Um avanço econômico forte pode ser obtido com o crescimento bem menor do crédito", ameniza o economista Paul Donovan, do UBS.

Prevalece hoje a boa percepção com os resultados corporativos, em um dia carregado de anúncios. O Deutsche Bank calcula que mais de 100 empresas informarão os números do segundo trimestre ao redor do globo - entre elas, a Embraer no Brasil.

Alcatel-Lucent, EDF e BT Group estão entre as companhias europeias que já divulgaram resultados melhores do que o esperado na manhã de hoje. Nos Estados Unidos, a safra prosseguirá com empresas como a Walt Disney e a ExxonMobil.

A boa temporada de balanços tem sido apontada como um dos principais motivos para a sustentação do rali nos mercados de ações, ainda que a melhora dos números seja atribuída especialmente ao corte de custos.

A resistência das bolsas, apesar de desafiar a cautela dos especialistas com o ritmo da recuperação global, cria um clima favorável para os ativos emergentes, como mostrou a bem-sucedida captação brasileira ontem, de US$ 500 milhões em Global 2037.

O ambiente de maior disposição para o risco resultará na fraqueza do dólar e do iene durante todo o segundo semestre, avaliam os especialistas do Merrill Lynch. Eles acreditam que a possibilidade de uma correção mais forte nos índices acionários está recuando, tendo em vista a motivação trazida pelos dados macroeconômicos mais favoráveis.

Às 7h55 (de Brasília), as bolsas de Londres (+1,16%), Paris (+1,05%) e Frankfurt (+0,45%) avançavam.

As moedas europeias também exibiam ganhos. O euro subia 0,12%, para US$ 1,4074, e a libra tinha alta de 0,74%, para US$ 1,64970.

No mesmo horário (acima), o petróleo recuperava parcialmente o acentuado tombo de ontem. A valorização era de 1,15%, para US$ 64,08, no pregão eletrônico da Nymex. (Daniela Milanese)

EUA: PEDIDOS DE AUXÍLIO-DESEMPREGO SOBEM 25 MIL NA SEMANA A 584 MIL

EUA: PEDIDOS DE AUXÍLIO-DESEMPREGO SOBEM 25 MIL NA SEMANA A 584 MIL

Washington, 30 - O número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego subiu 25 mil na semana até 25 de julho, após ajustes sazonais, para 584 mil, informou o Departamento de Trabalho dos EUA. Economistas esperavam aumento de 34 mil.

A média móvel de pedidos feitos em quatro semanas - calculada para suavizar a volatilidade do dado - caiu em 8,25 mil, para 559 mil, o menor nível desde 24 de janeiro.

Na semana encerrada em 18 de julho, o número total de norte-americanos que recebiam auxílio-desemprego caiu 54 mil, para 6,197 milhões, o menor nível desde 11 de abril.

Nos EUA, as regras para distribuição do auxílio-desemprego variam de acordo com o Estado e nem todos os desempregados têm direito ao benefício. As informações são da Dow Jones.(Cynthia Decloedt)

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