sexta-feira, 28 de maio de 2010

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Painel 28/05 - Especial Europa

ESPECIAL/EIU: COMO A SOLVÊNCIA FISCAL PODERÁ SER RESTAURADA NA UE?

Da Economist Intelligence Unit

Medidas emergenciais para aliviar as pressões financeiras na zona do euro fracassaram em tranquilizar os mercados, em parte devido à incerteza sobre como as novas medidas (como um pacote de ajuda no valor de € 750 bilhões) irá funcionar na prática, mas também porque tais medidas enfrentaram majoritariamente as pressões de liquidez e deixaram as questões subjacentes de solvência fiscal sem solução. A fim de recuperar a confiança do mercado, os países membros da zona do euro em questão (especialmente Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha e Itália) terão de, afinal, restaurar sua solvência fiscal. Este artigo esboça os diferentes meios pelos quais isso poderá ser alcançado, e avalia brevemente os resultados mais prováveis para os países que correm mais risco.As opções de solvência fiscalCrescimento econômico: Esta é a forma menos dolorosa, mas infelizmente não é um instrumento de política. O crescimento é determinado por uma série de fatores (demográficos, de produtividade, condições financeiras, demanda externa) sobre os quais os governos têm pouca influência no curto prazo. Há escopo, sem dúvida, para os países periféricos da zona do euro impulsionarem o crescimento econômico e melhorarem a competitividade por meio de reformas do lado da oferta, incluindo a desregulamentação dos mercados de trabalho, produção e serviços. Mas tais reformas enfrentarão resistências de interesses estabelecidos. Mesmo se conseguirem vencê-los, as compensações levarão tempo para se materializar. Consolidação fiscal: Isso exige uma combinação de cortes de gastos e aumento de impostos a fim de gerar uma melhora suficiente no resultado fiscal primário (excluindo custos com juros) para estabilizar e então trazer a relação dívida/pública para baixo. A principal desvantagem da consolidação fiscal é que poderá prolongar a recessão, paralisar uma recuperação incipiente e enraizar a deflação, e assim mais exacerbar do que aliviar os problemas de solvência para os setores público e privado da mesma forma. Os programas de ajuste do FMI nas economias do sudeste da Ásia em 1997-98 foram criticados por essas razões. Quaisquer que sejam os prós e contras, entretanto, os governos periféricos da zona do euro não podem mais se dar ao luxo de postergar o ajuste fiscal. Os mercados financeiros estão demandando ação imediata para cortar os gastos e elevar as receitas. Ainda assim, a consolidação fiscal nem sempre precisa ser negativa para o crescimento, mesmo no curto prazo. Esse pode ser o caso na Grécia, onde as ineficiências e a corrupção são generalizadas no setor público.Transferências fiscais: Um sistema formal de transferências fiscais dos países mais fortes para as economias mais fracas da zona do euro aliviaria os temores de solvência mais à frente. Entretanto, não há nenhum interesse público por tais transferências entre as classes política e pública na Alemanha, e seria necessária a aprovação da Alemanha para tal mudança, dado seu status de maior economia na zona do euro e Estado que teria de fazer a maior contribuição para tais transferências. A resistência às transferências poderia se enfraquecer se a integração fiscal e política vier a ser percebida como necessária para a sobrevivência de longo prazo da zona do euro. Poderá ser um preço que a Alemanha - cujos exportadores se beneficiaram da criação do bloco - eventualmente julgaria ser necessário pagar, mas atualmente a prescrição da Alemanha para apoiar a zona do euro apóia-se apenas no fortalecimento da disciplina fiscal de cada membro individualmente. Essa solução não reconhece os desequilíbrios dentro da zona do euro como um problema. Captação conjunta de recursos: Na ausência de transferências fiscais, outra opção seria os Estados membros emitirem bônus conjuntamente. Os Estados mais fracos se beneficiariam do efeito poderoso que emanaria dos mais fortes, e dessa forma desfrutariam de acesso ao financiamento em melhores condições que reflitam parcialmente a solvência dos Estados mais fortes. A emissão conjunta de bônus não integra as recentes medidas da União Europeia para combater a crise, presumivelmente devido à resistência dos membros mais fortes da zona do euro. Default: Em casos de default, os devedores restauram sua solvência por meio da imposição de perdas aos seus credores. Um default de um país desenvolvido era considerado impensável antes da crise financeira de 2008-09, mas agora os mercados estão atribuindo uma elevada probabilidade de a Grécia reestruturar sua dívida dentro dos próximos anos. Mesmo com um ajuste fiscal drástico, a relação dívida pública/PIB da Grécia poderá chegar a 150% em 2012. O cenário central da Economist Intelligence Unit é que uma reestruturação acontecerá em 2012, uma vez que os € 110 bilhões do pacote de ajuda conjunta da UE/FMI para o país chegar ao fim. Poderá acontecer antes disso se os custos sociais e políticos da austeridade se provarem insustentáveis. Dada a escala do ajuste fiscal que a Grécia precisa fazer para restaurar a solvência, pode-se argumentar que seria melhor para as autoridades europeias aceitarem logo que a dívida é insustentável e encorajarem a Grécia a negociar um acordo de reestruturação de dívida com seus credores. Parte dos recursos da UE e FMI poderia, então, ser empregada para recapitalizar os bancos gregos (cujo capital desapareceria no caso de um default soberano da Grécia). Mas as autoridades europeias descartaram tal caminho, em parte por temerem que um default grego gerasse contágio e afetasse ainda mais a confiança dos investidores na solvência de outros membros fracos da zona do euro.Se a Grécia reestruturar sua dívida, esperaríamos que um acordo resultasse numa perda de 25% a 30% para os credores. Isso ainda deixaria a Grécia com uma carga de endividamento do setor público acima de 100% do PIB, embora uma reestruturação provavelmente incluísse elementos para aliviar os custos do serviço da dívida no curto prazo, incluindo o alongamento dos vencimentos. Reestruturações de dívida inevitavelmente geram prejuízos, mas seria crucial para a Grécia mostrar boa fé nas negociações com os credores. De outra forma, o país poderia ser excluído dos mercados globais de capitais por um longo período, como aconteceu com a Argentina. AS IMPLICAÇÕES DE UMA SAÍDA DA ZONA DO EURO A saída da zona do euro não é uma eventualidade considerada nos tratados da União Europeia. Tem sido dito que a Alemanha estaria a favor de introduzir a expulsão como uma sanção aos países que fracassarem em manter sua disciplina fiscal. Mas a menos que essa medida seja adotada, sair da zona do euro e adotar uma moeda nacional continuaria sendo uma decisão a ser tomada pelos governos nacionais individualmente. Uma nova moeda seria introduzida a uma taxa desvalorizada como uma forma de restaurar a competitividade, reanimar o crescimento e possivelmente viabilizar uma saída da deflação. Além do curto prazo, países que optarem por esse caminho provavelmente retrocederiam aos ciclos de inflação e desvalorização cambial que caracterizaram suas economias antes da adoção do euro.Superficialmente, sair da zona do euro pode ter mais apelo do que as "desvalorizações internas" feitas pelas economias dos Bálticos com regimes de currency board, que envolveram grandes cortes nos salários nominais e benefícios. Mas a decisão de um país de deixar a zona do euro faria isso a partir de uma posição de fraqueza, sem os recursos para administrar uma desvalorização controlada. A nova moeda muito provavelmente despencaria, tornando os passivos denominados em euro acumulados ao longo da última década impossíveis de serem pagos. Isso geraria uma insolvência generalizada tanto no setor financeiro quanto no setor privado como um todo. Os credores enfrentariam taxas reduzidas de recuperação nos seus empréstimos denominados em euro, e o país em questão enfrentaria um longo período de exclusão do mercado global de capitais. Dados esses riscos, aderir ao status de ajuste dentro da zona do euro deveria ser a opção menos pior para um governo racional. Mas o risco de um país deixar a zona do euro não pode ser descartado. Num contexto que provavelmente seria caracterizado por instabilidade social e política, deixar a zona do euro poderia ser uma medida desesperada adotada por um governo sem forças para manter a ordem social, independente dos custos futuros de tal decisão. PREMISSAS PARA OS PAÍSES PERIFÉRICOS A Economist Intelligence Unit prevê que nenhum dos países da União Europeia cuja solvência está mais em dúvida irá abandonar o euro. Estamos prevendo uma reestruturação de dívida apenas na Grécia neste momento. Nós assumimos que um misto de consolidação fiscal e um retorno ao crescimento (ajudado por um euro possivelmente mais fraco) irá permitir que os outros países estabilizem sua dívida pública e evitem um default. Entretanto, o nível de endividamento público nesses países continuará desconfortavelmente elevado e eles enfrentarão um período prolongado de ajuste, um severo contraste em relação aos anos do 'boom' que desfrutaram - com exceção de Portugal - na primeira década de existência do euro. Grécia: Mesmo sob cenários mais benignos, a dinâmica da dívida pública parece insustentável. A Grécia um caso clássico de má gestão fiscal. O setor privado grego não está pesadamente endividado. Como a Grécia é uma economia pequena, poderá ser possível conter o risco de contágio de uma reestruturação de dívida se outros países fracos da zona do euro fizerem progressos na estabilização de suas finanças públicas a tempo.Portugal: A gestão fiscal é muito melhor e mais transparente do que na Grécia, e o governo implementou reformas que reduzirão o déficit no médio prazo. O governo também cortou gastos recentemente para reduzir o déficit neste ano, mas o déficit fiscal e o déficit primário são grandes. Estamos prevendo que a relação dívida pública/dívida vai chegar a 85% até o fim de 2010. O histórico de crescimento econômico de Portugal ao longo da última década é pobre. Tirando uma indústria de energia renovável, há poucas fontes de dinamismo econômico que possam permitir que Portugal cresça para sair da dívida. O setor privado também tem uma grande carga de endividamento como legado do 'boom' de crédito que ocorreu na reta final da adesão ao euro. A reduzida taxa de poupança de Portugal deixa o país dependente do financiamento externo. Embora não seja nossa projeção central, atribuímos uma elevada probabilidade de Portugal precisar do seu próprio pacote de resgate da UE/FMI.Espanha e Irlanda: Os dois países permitiram que seus setores financeiros se expandissem rapidamente durante os prolongados 'booms' de construção e propriedades. Os superávits fiscais se transformaram em grandes déficits desde que essas bolhas estouraram. A Irlanda foi rápida em adotar drásticas medidas de ajuste fiscal, incluindo grandes cortes nos salários nominais e aumento de impostos, além de ter nacionalizado um banco e criado um 'banco podre' para absorver os empréstimos de má qualidade. A mão-de-obra bem treinada e o clima favorável para negócios fornecem alguma base para ter otimismo em relação às perspectivas de crescimento futuro, mas aumentos adicionais nos empréstimos duvidosos e a escala acentuada do setor financeiro da Irlanda em relação à sua economia são as principais preocupações. A taxa de desemprego na Espanha é a maior da Europa, e não há muitas fontes de crescimento e empregos futuros. Como na Irlanda, o tamanho do setor financeiro da Espanha é um problema. A necessidade de ajuste fiscal está clara, e o governo está tomando medidas atrasadas para reduzir o déficit, incluindo um corte de 5% nos salários dos trabalhadores do setor público. Mas é provável que a austeridade fiscal leve a um aumento na inadimplência dos financiamentos, prejudicando a solvência do setor financeiro. Os grandes bancos da Espanha provaram-se resistentes até agora,mas eles poderão estar vulneráveis nesta nova fase da crise. Os bancos regionais de poupança (cajas) estão em péssimas condições e exigem apoio do governo e reestruturação.Itália: A Itália tem a segunda maior carga de dívida pública após a Grécia. Entretanto, o governo restringiu o Orçamento em 2009 para 5,3% do PIB, uma conquista diante da contração de 5% do PIB. No nível primário, as contas fiscais estão perto do equilíbrio, e o setor privado não está pesadamente endividado, limitando a dependência da Itália da poupança externa. Os spreads dos bônus do governo da Itália não se ampliaram muito desde que a crise se agravou, e seus leilões de dívida estão atualmente bem cobertos. Os exportadores da Itália se beneficiarão do euro mais fraco, mas é provável que o crescimento seja modesto, e o nível da dívida pública deixará a Itália vulnerável no caso de outra recessão. (TRADUZIDO POR ANDRÉIA LAGO) Fonte: Economist Intelligence Unit

quinta-feira, 27 de maio de 2010

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Painel 26/05

ABERTURA: CHINA REITERA APOIO À UE E MERCADOS COMEMORAM

São Paulo, 27 - A sinalização da China de que não está pensando em abandonar seus investimentos na Europa e perspectivas de manutenção do crescimento reconfortam os investidores e dão força à recuperação do euro e das ações na região. A China negou informações trazidas pela mídia de que estaria revendo suas aplicações em bônus europeus e afirmou que a Europa seguirá como um dos principais mercados para o país investir suas reservas internacionais. Algumas seguradoras de vida do Japão e o Banco Central da Coreia do Sul também mostraram comprometimentos com ativos em euros. Mas, especialmente, o carimbo chinês trouxe o euro para o nível de US$ 1,2296, de US$ 1,2193 no final do pregão de ontem em Nova York. Na Espanha, o Parlamento aprovou as novas medidas orçamentárias que preveem corte de gastos, mas em votação apertada. Os futuros de NY indicam alta, as commodities sobem e os Treasuries recuam. Mas a libor voltou a ser fixada em alta, mostrando que o custo para empréstimos entre bancos segue subindo em meio às incertezas.Revisão do PIB será divulgado nos EUA - A agenda de indicadores dos EUA para esta quinta-feira traz como destaques os dados revisados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre e os pedidos de auxílio-desemprego na semana passada,que serão divulgados às 9h30, e o índice de atividade industrial do Meio-Oeste do país, às 13 horas. Hoje, o secretário do Tesouro do país, Timothy Geithner, reúne-se com o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, em Berlim. Mais cedo, Geithner encontrou-se com o presidente do Bundesbank, Axel Weber.Pesquisa de emprego de abril, resultado primário do setor público consolidado e INA da Fiesp são destaques na agenda nacional - O IBGE divulga às 9h a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de abril. Os economistas consultados pelo AE Projeções esperam uma taxa de 7,30% a 7,80%, com mediana de 7,60%. O Banco Central divulga, às 10h30, o resultado primário do setor público em abril. A divulgação ontem pelo Tesouro de um resultado primário para o Governo Central de abril um pouco mais forte que boa parte das expectativas do mercado provocou revisão das previsões de uma parcela do grupo de economistas consultados pelo AE Projeções para o superávit primário do setor público consolidado. Assim, o novo intervalo das previsões do AE Projeções varia de um superávit primário de R$ 8,900 bilhões a R$ 20,000 bilhões, com mediana de R$ 18,900 bilhões. Às 11h, o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, comenta o resultado. A Fiesp e o Ciesp divulgam às 14h30 os resultados do Indicador de Nível de Atividade (INA), referentes ao comportamento da indústria em abril.Meirelles diz que BC atualizará projeção de crescimento do PIB em junho - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse hoje em Londres que a estimativa atual de crescimento do PIB brasileiro para este ano, de 5,8%, pode estar "de alguma forma conservadora". "Vamos atualizar a projeção no próximo mês",afirmou. Em junho, o BC divulga o relatório trimestral de inflação. Ele observou que atualmente as estimativas do mercado estão por volta de uma alta de 6,5% para o PIB neste ano, acima portanto do número do BC.(AE)



OTIMISMO COM CRESCIMENTO E DECLARAÇÕES DA CHINA ANIMAM EXTERIOR

Londres, 27 - O otimismo com as perspectivas de crescimento econômico global contrabalançam a preocupação com os problemas de dívida da Europa nesta manhã,depois de a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) elevar, ontem, suas projeções para crescimento econômico. Os dados revisados sobre o PIB dos EUA poderão contribuir para essas esperanças. Além disso, a China negou que esteja reavaliando suas posições em dívidas em euro, o que ajuda a dar fôlego aos mercados.A OCDE disse ontem que agora prevê expansão de 2,7% na economia dos países que fazem parte do grupo neste ano, acima do crescimento de 1,9% estimado em novembro do ano passado. "A economia global, incluindo países da OCDE e países que não são da OCDE, deverá crescer 4,6% neste ano e 4,5% no próximo, ambas taxas robustas pelos padrões históricos", observou Adrian Foster, analista do Rabobank.Hoje analistas do Standard Chartered afirmaram que indicadores sobre a economia futura e dados sobre produção sugerem uma aceleração no crescimento do PIB de alguns países da zona do euro no segundo trimestre deste ano. Os analistas elevaram a previsão para expansão do PIB da região em 2010 para 1,3%, de 1,2%. No entanto, a estimativa para 2011 foi reduzida para avanço de 1,8%, em vez de 2,0%, por causa do aperto na política fiscal.A negação da China de que esteja reavaliando suas posições em dívidas em euro também colabora para o tom positivo nos mercados. A Administração Estatal de Câmbio Externo da China (Safe, na sigla em inglês) disse que o relato não tem fundamento e que a Europa tem sido e continuará sendo um dos mercados principais para as reservas cambiais do país.Enquanto isso, os investidores aguardam a divulgação dos dados sobre o PIB dos EUA no primeiro trimestre deste ano, prevista para as 9h30 (de Brasília). A previsão é de que o crescimento da economia norte-americana seja revisado para 3,4%, de 3,2%, o que, como observa Foster, vai "manter sustentada a visão de recuperação".O otimismo nos mercados permite que as principais bolsas internacionais apresentem altas expressivas e que o euro ganhe terreno diante do dólar, ao mesmo tempo que as commodities se recuperam. Às 8h (de Brasília), o índice FT-100 de Londres subia 1,84%, o CAC-40 de Paris avançava 2,12% e o DAX de Frankfurt ganhava 2,30%.O euro subia para US$ 1,2306, de US$ 1,2193 no fim da tarde de ontem, enquanto o dólar avançava para 90,48 ienes, de 89,92 ienes ontem. De todo modo, alguns operadores alertam que o euro poderá cair em breve novamente, já que a turbulência nos mercados financeiros da zona do euro mantém os investidores ressabiados com a moeda.Entre as commodities, o petróleo para julho negociado na Nymex subia 2,56%, para US$ 73,34 por barril. Na Comex, o cobre para julho avançava 1,75%, para US$ 3,1345 por libra-peso. As informações são da Dow Jones. (Danielle Chaves)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Painel 24/05

TENDÊNCIAS: EXPORTAÇÕES CRESCEM MESMO COM CENÁRIO EXTERNO RUIM

São Paulo, 24 - O resultado da balança comercial da terceira semana de maio, de acordo com a Secex, foi superavitário em US$ 546 milhões, somando, no mês, saldo de US$ 2,0 bilhões. Ainda no acumulado do mês, exportações têm alta de 8,5% ante o mês passado, e importações, perda de 0,8%, comparando pelas médias diárias. Ante maio de 2009, também pelas médias diárias, as diferenças são relevantes, com exportações 37,2% maiores e importações 47,0% acima, explicitando a recuperação ante a crise internacional. O resultado desta semana corrobora nossa expectativa de ampliação devido à melhora nas exportações superior a das importações. Com o escoamento da safra agrícola e com os reajustes nos preços de minérios e celulose e papel, as exportações brasileiras ganham fôlego, ainda que o cenário externo não seja dos melhores, comentam os consultores André Sacconato e Bruno Lavieri. Tendências Consultoria


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NABE PREVÊ RETOMADA CONSISTENTE DA ECONOMIA DOS EUA EM 2010 E 2011

Nova York, 24 - A economia dos Estados Unidos deve mostra uma retomada consistente ao longo deste ano e de 2011, prevê relatório mensal da National Association for Business Economics (Nabe). "Ainda que os riscos envolvendo a Europa tenham aumentado recentemente, a percepção em relação a este país (EUA) melhorou na maioria dos aspectos", avalia o presidente da Nabe, Lynn Reaser. De acordo com o relatório, as perspectivas para crescimento no país estão mais fortes, o desemprego e inflação estão mais baixos, e as preocupações em relação à redução do consumo e ventos contrários no setor financeiro doméstico estão menores. A economia, diz a Associação, está razoavelmente em melhor forma, mas analistas continuam "extremamente"preocupados com a escalada dos imensos déficits federais. A Nabe elevou, marginalmente, as estimativas para o PIB dos EUA de 2010 de 3,1% estimados em fevereiro para 3,2%. Para 2011, a projeção é de crescimento do PIB de 3,2%, marcando dois anos consecutivos de crescimento sustentável e acima do potencial. O documento estima que o potencial do PIB dos EUA estará ao redor de 2,8% nos próximos cinco anos. O crescimento da criação de vagas de empregos deve se manter firme. Para a Nabe, com exceção de uma desaceleração no terceiro trimestre relacionada ao fim das contratações do Censo 2010, os ganhos de emprego devem permanecer robustos em 2010 e 2011. A taxa de desemprego, por sua vez, deve declinar de 9,4% em 2010 para 8,5% estimados para 2011.De acordo com o relatório, o dólar deve reter parte de seus ganhos recentes em relação ao euro e a uma cesta de moedas estrangeiras. Com relação ao risco de default da Grécia, 50% dos associados acreditam que o default não irá ocorrer, embora alguma reestruturação da dívida seja necessária; 12% esperam que o default ocorra nos próximos 12 meses e 37% esperam default no curto prazo, notando que as respostas dos associados foram colhidas antes do anúncio do dia 9 de maio do anúncio do pacote financeiro da União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu para enfrentar a crise na região. (Luciana Xavier)


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BOVESPA TEM ENTRADA DE R$ 56,985 MI EM K EXTERNO NO DIA 20/5

São Paulo, 24 - Os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 56,985 milhões na Bovespa na última quinta-feira, dia 20. Naquele pregão, o Ibovespa fechou em baixa de 2,51%, aos 58.192,08 pontos, com giro de R$ 7,953 bilhões.Em maio, até o dia 20, o saldo de capital externo na bolsa está negativo em R$ 1,751 bilhão. As compras totalizam R$ 29,495 bilhões e as vendas, R$ 31,246 bilhões. No acumulado de 2010, o déficit de recursos estrangeiros na Bovespa está em R$ 3,032 bilhões. (Eulina Oliveira)



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LOYOLA: É UM BOM SINAL O GOVERNO COGITAR AUMENTO NO SUPERÁVIT

São Paulo, 24 - O ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, afirmou que é um bom sinal o governo estar cogitando a hipótese de elevar o superávit primário neste ano, para além da meta de 3,3% do PIB. A possibilidade foi sinalizada pelo secretário do Tesouro Arno Augustin e apóia-se na alta acima do esperado na arrecadação deste ano, puxada pelo forte crescimento econômico."Mas tem que ser um superávit primário mesmo, sem levar em consideração os descontos relacionados a investimentos no PAC", comentou. "Com o incremento das receitas, neste ano, o governo tem todas as condições de gerar um superávit (sem deduções) entre 3% e 3,5% do PIB", disse. Na avaliação de Loyola, mesmo cumprindo a meta de 3,3% do PIB, sem descontar os gastos do PAC, o superávit primário é "expansionista" do ponto de vista fiscal. Portanto, ele não acredita que, atingido esse patamar isso vá diminuir de forma expressiva o aperto monetário que está sendo conduzido pelo Banco Central.Contudo, Loyola mostra algum ceticismo em relação à possibilidade de o governo conter a partir de agora os gastos públicos. "Já estamos em maio. O superávit primário maior deve ser obtido pelo aumento de arrecadação e não pelo corte de despesas ou gastos. O governo conduz a política econômica com esquizofrênica pois o BC pisa no freio e, ao mesmo tempo, a área fiscal aperta o acelerador", diz.Loyola acredita que o PIB deve crescer 6,6% neste ano e, com a elevação dos juros, que deve chegar a 11,75% em dezembro, a expansão do País deve desacelerar e ficar mais próximo do seu potencial em 2011, para quando prevê taxa de 4,5%. "O País deve ter crescido de forma muito forte no primeiro trimestre, por volta de 2,5%, e é bem provável que essa velocidade diminua no decorrer do ano", encerrou. (Ricardo Leopoldo)

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sexta-feira, 21 de maio de 2010

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Painel 21/05

IMPORTAÇÃO DE MINÉRIO PELA CHINA TEM QUEDA DE 2,9% EM ABRIL


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BOVESPA TEM DÉFICIT DE R$ 3,089 BI EM K EXTERNO NO ACUMULADO/2010


São Paulo, 21 - A Bovespa registra um déficit de capital externo de R$ 3,089 bilhões no acumulado de 2010, até a última quarta-feira, dia 19. Naquele pregão, saíram R$ 91,943 milhões em recursos estrangeiros, e o Ibovespa fechou em baixa de 1,89%, aos 59.689,32 pontos - menor nível desde os 59.263,86 de 15 de setembro do ano passado -, com giro de R$ 8,776 bilhões.

Em maio, até o dia 19, o saldo de investimento estrangeiro na bolsa está negativo em R$ 1,808 bilhão. As compras totalizam R$ 26,987 bilhões no período, e as vendas, R$ 28,795 bilhões. (Eulina Oliveira)


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AE-MERCADO/EIU: RECUPERAÇÃO GLOBAL CONTINUARÁ APESAR DA CRISE NA UE

São Paulo, 21: A despeito da crise que se desenrola na zona do euro, a economia global vai continuar a se recuperar. Indicadores recentes dos EUA e de alguns mercados emergentes (particularmente na Ásia) mostraram-se vigorosos, e a Economist Intelligence Unit não vê nenhuma evidência clara de que a turbulência na Europa tenha debilitado este quadro de melhora. Estimamos que o PIB global em termos de paridade do poder de compra (PPP) vá crescer 4,1% em 2010, acima da projeção de 3,9% que tínhamos no último mês. Também revisamos substancialmente nossas projeções cambiais, e agora esperamos um euro muito mais fraco. É impossível, entretanto, ignorar a crise fiscal na zona do euro, analisa a EIU na revisão mensal do seu cenário econômico global. (Andréia Lago)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

terça-feira, 18 de maio de 2010

Painel 18/05

Cenário externo: Falta de alternativas para proteger o dinheiro da inflação aumenta procura por ações.

Por Chua Kong Ho e Zhang Shidong, da Bloomberg
18/05/2010


As ações chinesas experimentaram na semana passada o segundo "bear market" (jargão para um período prolongado de queda nos preços) registrado em nove meses. Mesmo assim, Pan Weiting, uma contadora de Xangai, de 27 anos, diz que não há hoje melhor lugar para aplicar seu dinheiro que as ações.

As regras chinesas limitam as opções de investimento a imóveis e papéis de empresas domésticas. Pan engavetou os planos de comprar um apartamento depois que os preços dos imóveis sofreram as maiores quedas já registradas e o governo proibiu empréstimos para a compra de segundos domicílios, com o objetivo pode esfriar a economia. Os juros que ela recebe sobre os 400 mil yuans (US$ 59 mil) que tem em sua conta bancária estão sendo corroídos pela alta da inflação. "O mercado de ações é a melhor escolha do momento e até mesmo os funcionários do meu banco disseram que não devo depositar mais dinheiro em minha conta", conta Pan.

Líderes do governo chinês que tentam esvaziar uma bolha especulativa que, segundo a Knight Frank LLP, elevou os preços dos imóveis em 25% no quarto trimestre de 2009 (contendo os financiamentos imobiliários), estão deixando a população do país com a maior taxa de poupança do mundo com poucas opções para investir seu dinheiro. "A questão agora é: quem é a garota menos feia da festa?", diz Victoria Mio, uma gerente de fundos sênior da Robeco Group, que supervisiona US$ 194 bilhões ao redor do mundo. O JP Morgan prevê que as ações chinesas terão uma valorização de mais de 40% em um ano.

O Citigroup, de Nova York, e o BNP Paribas, de Paris, preveem uma queda de 20% nos preços dos imóveis residenciais em 2010. Até US$ 59 bilhões, cerca de um terço do volume de transações imobiliárias realizadas nas 35 maiores cidades chinesas em 2009, poderão ser desviados dos imóveis para as ações este ano, segundo a Citic Securities Co., a maior corretora de valores chinesa com ações em bolsa.

Os US$ 7,2 trilhões em poupança de empresas e famílias chinesas estão sendo corroídos pela alta da inflação. Os preços ao consumidor subiram 2,8% em abril, superando a taxa de remuneração da poupança de um ano, de 2,25%. Os preços no mercado imobiliário tiveram uma alta recorde de 12,8% em abril e a economia cresceu 11,9% no primeiro trimestre de 2010, o maior número em quase três anos, depois que um pacote de estímulo de 4 trilhões de yuan e níveis sem precedentes de novos empréstimos de 9,59 trilhões de yuan ajudaram a estimular o crescimento no ano passado. "As ações chinesas serão a primeira opção de investimento porque as pessoas poderão continuar cautelosas em relação ao mercado imobiliário no curto prazo", diz Shi Lei, um analista do Banco da China em Pequim, o maior negociador de câmbio do país.

As ações chinesas são restritas a um número limitado de fundos estrangeiros e a maior parte dos investidores internacionais compram as ações por meio de bolsas de valores como a de Hong Kong. A BlackRock, de Nova York , está vendendo ações chinesas mediante o raciocínio de que o crescimento econômico da China já atingiu seu pico, enquanto a concorrente State Street Advisors, de Boston, tem para seus clientes uma recomendação "underweight", uma vez que as ações estão mais caras que as de outras nações em desenvolvimento. O índice da Bolsa de Xangai está sendo negociado em 15,6 vezes os lucros estimados para as empresas que o compõem, em comparação a um múltiplo de 12 para o índice MSCI Emerging Markets Index.

Hu Jielin, de 33 anos, dono de uma empresa de logística, diz que as ações chinesas ainda são a melhor opção de investimento. Ele gastou 9 milhões de yuans comprando apartamentos em Xangai, onde o preço médio das moradias subiu três vezes nos últimos cinco anos. Hu diz que não vai mais comprar imóveis por causa das medidas de contenção do governo. Em vez disso, ele pretende dobrar seus investimentos em ações nos próximos seis meses, para 3 milhões de yuans (US$ 439.284,00). "Os preços dos imóveis provavelmente darão uma pausa para respirar por causa do aperto atual", diz Hu. "Hoje, as ações são a melhor aposta." (Tradução Mário Zamarian)


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Queda traz oportunidade de compra, diz Mobius


Saeromi Shin, da Bloomberg
18/05/2010


As ações chinesas estão ficando mais atraentes, depois que diversas ofertas inicias e operações de derivativos levaram o índice Xangai a um "bear market" (fase acentuada de baixa). A afirmação é do investidor Mark Mobius, que supervisiona cerca de US$ 34 bilhões em ativos de mercados emergentes como presidente-executivo da Templeton Asset Management. "Comprar é uma boa opção, agora que o mercado está caindo", diz Mobius.

Segundo ele, o fato de as operações de abertura de capital terem "tirado dinheiro do mercado e derrubado os preços dos papéis não significa que as companhias ou a economia não estejam fundamentalmente sólidas". As empresas chinesas captaram US$ 23,5 bilhões este ano, cerca de US$ 4 bilhões a menos que o total do ano passado.

A queda do índice composto da bolsa de Xangai, o indicador de pior desempenho na Ásia, levou a especulações de que o governo chinês poderá reduzir as vendas de ações. O início dos negócios com derivativos no mês passado pode estar contribuindo para pressionar o mercado de ações, aponta Mobius. Os derivativos chineses vão "controlar as bolhas de ativos ao longo do tempo" e reduzir a média de preço sobre lucro (P/L) no longo prazo, diz Michael Kurtz, diretor de análises para a China do Macquarie Group, o maior banco de investimento da Austrália.

"Os futuros de índices contribuem para a volatilidade do mercado à vista", afirma Li Jingyuan, analista da Haitong Futures Co., de Xangai. "Mas as principais causas das quedas no mercado de ações continuam sendo desencadeadas pelos fundamentos, incluindo o colapso do mercado imobiliário e a crise da dívida na Europa."

O declínio deste ano levou as avaliações do índice para 20,1 vezes seus lucros históricos, menos de metade do ponto mais alto em cinco anos, de 49,75 vezes, apurado em outubro de 2007. As ações caíram depois que o governo aumentou em três vezes as exigências de reservas para os bancos. E, em meio às preocupações dos investidores, novas medidas serão implementadas para conter o crescimento dos empréstimos e a disparada dos preços dos imóveis

segunda-feira, 17 de maio de 2010

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Painel 17/05

FECHAMENTO: NY VIRA PARA CIMA NO FINAL E AMENIZA PERDA DA BOVESPA

São Paulo, 17 - A Bovespa fechou hoje em queda pela terceira sessão consecutiva, abaixo dos 63 mil pontos e no menor nível desde fevereiro passado. O sinal negativo vindo das bolsas externas e a queda do euro e das commodities se somaram ao vencimento de opções sobre ações para levar o principal índice à vista para baixo. As perdas, no entanto, diminuíram no final com a inversão para cima das bolsas norte-americanas.

O Ibovespa terminou o dia em queda de 0,86%, aos 62.866,26 pontos, menor patamar desde 5 de fevereiro deste ano (62.762,70 pontos). Na mínima, o índice registrou 61.825 pontos (-2,50%) e, na máxima, os 63.593 pontos (+0,29%). No mês, as perdas atingem 6,90% e, no ano, 8,34%. Nestes três pregões, as perdas acumuladas foram de 3,61%. O giro financeiro totalizou R$ 9,905 bilhões, dos quais R$ 2,42 bilhões referem-se ao exercício de contratos de opções sobre ações.

Com o tombo dos metais e do petróleo, as blue chips Petrobras e Vale fecharam em baixa, mas os papéis da mineradora foram mais fortemente prejudicados porque a estatal, além de já ter sofrido mais nas últimas semanas, teve ajuda dos números de seu balanço, divulgado na última sexta-feira. Petrobras ON perdeu 1,18% e PN,0,80%. A estatal anunciou lucro líquido de R$ 7,726 bilhões no primeiro trimestre do ano, 13,7% acima das estimativas dos analistas consultados pela Agência Estado (R$ 6,794 bilhões). Na Nymex, o contrato do petróleo para junho recuou 2,14%, para US$ 70,08 o barril.

Vale ON perdeu 1,55% e PNA, 1,84%. Gerdau PN recuou 2,71%, Metalúrgica Gerdau PN, 0,66%, Usiminas PNA, 3,97%, CSN ON, 3,60%. Os metais básicos fecharam em queda.

No exterior, o sinal de baixa foi registrado na Ásia, na Europa e nos EUA, mas neste último caso apenas em parte do pregão. Cerca de meia hora antes do fechamento, os índices viraram para cima e fecharam no azul. O Dow Jones subiu 0,05%, aos 10.625,83 pontos, o S&P avançou 0,11%, aos 1.136,94 pontos, e o Nasdaq, 0,31%, aos 2.354,23 pontos. (Claudia Violante)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Painel 14/05

FECHAMENTO: BOLSA SEGUE EXTERIOR E CAI, 2,12%; NA SEMANA,SOBE 0,86%

São Paulo, 14 - A semana terminou bem diferente do que começou no mercado financeiro. O entusiasmo com o bilionário pacote de ajuda anunciado pela União Europeia na madrugada de segunda-feira foi trocado pelas incertezas que ele ocasionará, como recessão. Essa mudança de sentimento fez com que as Bolsas de Valores fechassem em queda forte nesta sexta-feira em todo o mundo. A fuga do risco fez o euro recuar para a sua mínima desde outubro de 2008, as commodities caírem, assim como as ações. A Bovespa perdeu novamente um degrau e fechou nos 63 mil pontos.

O Ibovespa terminou o dia em queda de 2,12%, aos 63.412,47 pontos. Na mínima,atingiu 63.050 pontos (-2,68%) e, na máxima, 64.787 pontos (estável). Na semana,subiu 0,86%, no mês, acumula baixa de 6,10% e, no ano, de 7,55%. O giro financeiro totalizou R$ 6,332 bilhões.

Os investidores tiveram que digerir de uma só vez a notícia de que a França poderia abandonar a zona do euro; que o euro, como moeda, falhou; que a Espanha registrou sua primeira deflação desde 1986; e que a Grécia pode não conseguir superar seus problemas, pondo abaixo o pacote de ajuda que está à sua disposição. Tudo isso fez com que a avaliação corrente, hoje, fosse a de que o fundo de quase US$ 1 trilhão que a UE colocou à disposição dos países da zona do euro será insuficiente para conter o problema e que a região vai mesmo embarcar numa recessão. Na Europa, as bolsas superaram 3% de perdas, sendo que a Bolsa de Madri recuou 6,64%.

Com a aversão a risco, o euro acabou caindo para seu menor nível desde outubro de 2008, abaixo de US$ 1,24. Isso pesou sobre as commodities, que recuaram. O contrato do petróleo para junho perdeu 3,75% de seu valor na Nymex, terminando a US$ 71,61 o barril. Nos EUA, os indicadores divulgados hoje vieram bons, mas não impediram o tombo das ações. O Dow Jones terminou em baixa de 1,51%, aos 10.620,16 pontos, o S&P recuou 1,88%, aos 1.135,68 pontos, e o Nasdaq perdeu 1,98%, aos 2.346,85 pontos.

No Brasil, as ações da Petrobras operaram com uma perda contida durante todo o dia e viraram para cima a minutos do fim, impedindo uma queda maior do Ibovespa. A estatal divulga ainda hoje o resultado de seu primeiro trimestre. Petrobras ON terminou em alta de 0,38% e PN, de 0,30%. Vale acompanhou os metais e recuou 2,96% na ON e 3% na PNA. (Claudia Violante)

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terça-feira, 11 de maio de 2010

Painel 11/05

ANALISTAS:CRISE FISCAL MASCARA DADOS BONS DA ECONOMIA REAL EUROPEIA

São Paulo, 11 - Especialistas do mercado ouvidos pela Agência Estado são unânimes em afirmar que os indicadores da economia real, tanto na Zona do Euro como nos Estados Unidos, têm se mostrado bons. O problema é que os índices têm sido mascarados pela crise fiscal no Continente Europeu. "A economia real na Europa e nos Estados Unidos tem se mostrado forte há dois meses", afirma o economista do BNP Paribas Diego Donadio. Eles afirmam ainda que não veem na crise fiscal europeia sustentação para análises reduzindo o crescimento do PIB brasileiro em 2010. Na avaliação dos especialistas, a economia brasileira poderá crescer até 7,5% este
ano.

Segundo o economista do BNP, com estabilização dos mercados em resposta ao pacote de 750 bilhões de euros para combater a crise na Europa, os agentes voltarão os olhos para os indicadores da economia real, o que deverá alavancar as bolsas de valores e a ajudar a tornar o euro mais fraco, o que também seria um estimulo às exportações de países como a Alemanha, por exemplo. "A recuperação da Europa passa pela desvalorização do euro", conclui Donadio.

Na Mauá Investimentos, o economista-chefe Caio Megale concorda com seu colega do BNP. Ele acrescenta que os indicadores da economia real americana têm sido bons. "Além disso, a região que mais tem surpreendido é a zona do euro", diz. No caso dos EUA, a expectativa de Megale para o PIB é de um crescimento de 4%. "Agora, a Europa tirou o foco dos indicadores da economia real, pelo menos até ontem", reforça o economista da Mauá Investimentos. Para ele, tirando a questão financeira da frente, a tendência é de melhora.

Na sexta-feira, por exemplo, os EUA divulgaram o payroll de abril, informando a criação 290 mil empregos ante 230 mil novas vagas em março. "Ninguém deu importância para este número. Como no domingo foi aprovado o pacote de combate à crise na Europa, ontem as pessoas resolveram olhar para este dado", completa o economista da Mauá.

Outro que defende a tese de que os dados da economia real na Zona do Euro e EUA estão bons é o economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges. Para ele, o pacote afasta o temor de um risco sistêmico europeu, o que fará com que os analistas voltem a perceber recuperação na economia da região e não um cenário de estresse. A equipe de analistas da LCA projeta para este ano um crescimento de 1% do PIB europeu depois do tombo de 4% no ano passado. Para a economia americana, Borges é menos otimista que o seu colega da Mauá, Caio Megale, e prevê uma expansão de 2,9% ante 2,5% em 2008. Para ele, tratam-se de taxas de crescimento modestas, mas importantes diante das turbulências no mercado externo. (Francisco Carlos de Assis)

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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Painel 10/05

ABERTURA: SOCORRO PARA ZONA DO EURO TRAZ EXUBERÂNCIA AOS MERCADOS

São Paulo, 10 - A aprovação de um fundo, chamado por ora de “mecanismo de estabilização”, de 750 bilhões de euros para combater crises sistêmicas na zona do euro e no bloco amplo da União Europeia provoca estupefação nos investidores e analistas e gera uma disparada das bolsas, enquanto tira o euro da área do US$ 1,27 para a casa do US$ 1,30 nesta manhã. Mas, há pouco, a moeda já tinha saído da máxima intraday. Em Paris, o CAC-40 avançava 8,79% e o S&P 500, referencial da Bolsa de Nova York, dava um salto de 4,56%, às 8h51 (de Brasília), indicando que Wall Street pode computar a maior alta para um único dia de sua história. Após 11 horas de reuniões em Bruxelas, a União Europeia aprovou o plano, que incluirá 60 bilhões deeuros em empréstimos emergenciais que estarão disponíveis rapidamente e uma linha equivalente a 440 bilhões de euros para dar garantias a empréstimos da UE. O Fundo Monetário Internacional poderá entrar ainda com 250 bilhões de euros. E o plano não se esgotou nessa cifra. Os bancos centrais da zona do euro começaram a comprar bônus nacionais de países da região no mercado secundário, como parte do plano de estabilização do Banco Central Europeu. Para completar, o Banco do Canadá, o Banco da Inglaterra, o Banco Central Europeu, o Federal Reserve e o Banco Nacional Suíço reativaram operações temporárias de swap em dólar para prover liquidez. A blindagem derrete juros e o custo para proteção contra default de países da zona do euro.

EUA têm dados de varejo e produção na sexta-feira - Nenhum dado econômico relevante será divulgado hoje nos EUA. A agenda de indicadores para esta semana traz entre os destaques os dados sobre o déficit comercial do país, que em fevereiro aumentou mais do que o previsto, para US$ 39,7 bilhões. O dado sai na quarta-feira. Também serão divulgados os dados de vendas no varejo e a produção industrial de abril, ambos na sexta-feira. A agenda de eventos dos EUA para esta semana traz entre seus destaques os balanços da Walt Disney e da Cisco Systems - ambas componentes do índice Dow Jones - e também um provável encerramento do debate no Senado a respeito do projeto de lei de reforma do sistema financeiro.

Semana nacional tem vendas do varejo, índices de inflação e balanço da Petrobras - No Brasil, a agenda traz vendas do varejo de março (na quarta-feira), alguns índices
de inflação (dois já foram divulgados hoje, restam primeira prévia de maio do IPC-Fipe, amanhã, e IGP-10 na sexta-feira), e o balanço da Petrobras (também na sexta).

1ª prévia do IGP-M de maio sobe 0,47% (+0,27% 1ª prévia abril) - A taxa anunciada pela FGV ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE-Projeções, que esperavam uma elevação entre 0,23% e 0,82%, e foi inferior à mediana das expectativas (0,56%).

IPC-S de até 7/5 sobe 0,78% ante +0,76% anterior - Segundo a FGV, cinco das sete classes de despesa que compõem o índice registraram acréscimos em suas taxas de variação.

Focus traz alta na projeção de IPCA 2010, mas expectativa para 2011 não muda - A pesquisa Focus divulgada ha pouco mostrou nova alta das expectativas para o IPCA de 2010 - de 5,42% para 5,50% - mas nada mudou em relação a 2011, cuja mediana das projeções permaneceu em 4,80%. As novidades maiores são: o recuo da projeção do IPCA 2010 no Top 5 médio (de 5,49% para 5,42%); a alta da expectativa para crescimento do PIB em 2010 (de 6,06% para 6,26%) - com reflexo do ajuste na previsão para produção industrial, cuja mediana subiu de 9,54% para 10,30%; e a alta na projeção da Selic para o final do ano que vem (2011) de 11,25% para 11,50%.


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BOLSAS EUROPEIAS E EURO SOBEM APÓS PACOTE DE € 750 BI CONTRA CRISES

Londres, 10 - As bolsas da Europa operam com forte alta, assim como o euro, depois do anúncio do pacote de resgate de 750 bilhões de euros que pretende estabilizar a moeda única europeia e evitar que a crise de dívida da Grécia se espalhe para outros países da zona do euro.

Durante a madrugada desta segunda-feira, os ministros de Finanças da União Europeia chegaram a um acordo para um plano de suporte para países que enfrentam crises financeiras. O plano consiste em até 440 bilhões de euros em empréstimos de governos da zona do euro e 60 bilhões de euros em um fundo emergencial da União Europeia.Além disso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) fornecerá 250 bilhões de euros em empréstimos.

Ao mesmo tempo, o Banco Central Europeu (BCE) confirmou que vai comprar bônus no mercado secundário para garantir a estabilidade do mercado. "O pacote de socorro foi uma música para o ouvido dos investidores e a reação está sendo rápida e positiva", afirmou Joshua Raymond, estrategista da City Index.

Às 7h55 (de Brasília), o índice FT-100 de Londres subia 4,91%, o CAC-40 de Paris avançava 8,46% e o DAX de Frankfurt ganhava 4,58%. Ao mesmo tempo, o euro subia para US$ 1,2988, de US$ 1,2732 na sexta-feira, e o dólar avançava para 93,25 ienes, de 91,70 ienes. Nos EUA, o Nasdaq futuro tinha alta de 4,41%, enquanto o S&P 500 futuro subia 4,39%. As informações são da Dow Jones. (Danielle Chaves)


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CHINA: BALANÇA VOLTA A TER SUPERÁVIT EM ABRIL, DE US$ 1,68 BILHÃO

Pequim, 10 - A China obteve superávit comercial de US$ 1,68 bilhão em abril, contra um déficit de US$ 7,24 bilhões em março, segundo comunicou o website do governo, citando a Administração Geral da Alfândega. A virada resultou de uma forte recuperação das exportações do país. As compras externas totalizaram US$ 118,24 bilhões em abril, enquanto as exportações somaram US$ 119,92 bilhões.

Embora o retorno mais rápido do que o esperado ao superávit comercial possa trazer de volta a pressão para que a China permita a valorização do yuan, há também o risco de que essa medida e as elevações na taxa de juros sejam adiadas por causa da atual turbulência nos mercados financeiros internacionais.

Muitos economistas esperavam um segundo déficit comercial consecutivo em abril, depois de a balança chinesa ter apresentado em março o primeiro resultado negativo em seis anos. Numa pesquisa com 11 economistas, a mediana das expectativas apontava para um déficit de US$ 1,44 bilhão no mês passado.

Os dados resultaram de uma explosão das exportações, que cresceram 30,5% em relação a abril do ano passado, acima da expectativa de um aumento de 29,1% e da expansão de 24,3% verificada em março. Já as importações aumentaram 49,7%, abaixo da previsão dos economistas, de um crescimento de 52,3%, e abaixo da elevação de março, que foi de 66% sobre o mesmo mês do ano passado. As informações são da Dow Jones.(Hélio Barboza)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

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Painel 07/05

NY CAI 3,2%; TRANSAÇÕES PODEM SER CANCELADAS POR SUSPEITA DE ERRO

Nova York, 6 - As bolsas dos EUA fecharam em queda pela terceira sessão consecutiva, em meio ao crescente receio dos investidores com a situação fiscal da Grécia e com os potenciais impactos da crise no país sobre as demais economias da zona do euro.Os índices acionários encerraram o dia com perdas levemente superiores a 3%, mas chegaram a cair cerca de 9% pouco mais de uma hora antes do encerramento do pregão - movimento que, segundo rumores ainda não confirmados, teria sido deflagrado por algumas transações errôneas.

De acordo com um operador, um algoritmo gerado eletronicamente teria disparado uma ordem de venda de contratos futuros atrelados ao S&P-500 trocando "milhões" por "bilhões", o que teria aprofundado o declínio do mercado entre 15h40 e 16h (de Brasília).

Outra fonte afirmou que representantes das grandes bolsas dos EUA e da Securities and Exchange Commission (SEC, a CVM norte-americana) convocaram uma conferência telefônica de emergência nesta quinta-feira para examinar se houve erros nas negociações e para determinar se deverão ser honradas as transações ocorridas nos vinte minutos em que os principais índices acionários do país aceleraram a queda.

Os planos iniciais determinavam que as bolsas desconsiderassem as negociações ocorridas durante esse período em ações cujos preços estivessem mais de 30% acima ou abaixo dos níveis registrados antes das 15h40 (de Brasília), segundo uma pessoa que recebeu informações a respeito das discussões.

O Nasdaq OMX Group Inc informou que está trabalhando com outros mercados para cancelar todas as transações executadas a preços que estavam mais de 60% acima ou abaixo do último preço impresso antes das 14h40 de Nova York (15h40 de Brasília). Os cancelamentos afetarão as transações feitas entre 14h40 e 15h locais e as decisões não serão passíveis de recursos, segundo o comunicado da Nasdaq. As operadoras de bolsas BATS, Nyse Euronext e Direct Edge devem adotar medidas semelhantes.

Operadores afirmaram que as negociações de hoje foram amplamente dominadas por ordens automáticas de vendas, que foram disparadas com maior velocidade após o rompimento de algumas barreiras técnicas, em particular o nível de 1.150 pontos do índice S&P 500. "Muitas pessoas achavam que havia suporte naquele patamar, então houve um pouco de decepção com o rompimento", disse Phil Roth, analista técnico da Miller Tabak.

O Dow Jones caiu 347,80 pontos, ou 3,20%, para 10.520,32 pontos, registrando sua maior queda em pontos desde fevereiro de 2009. Em determinado momento do pregão, o índice chegou a cair 998,50 pontos, ou 9,2%, registrando sua queda intraday mais acentuada na história, para 9.869,62 pontos. Nas últimas três sessões, o Dow Jones recuou 631,51 pontos, ou 5,7%.

O Bank of America foi o componente com o pior desempenho nesta quinta-feira, com um declínio de 7,13%. A Procter & Gamble fechou em baixa de 2,27%, a US$ 60,75, com mínima de US$ 39,37 na sessão após ter sido potencialmente atingida pelas transações errôneas.

O Nasdaq caiu 82,65 pontos, ou 3,44%, para 2.319,64 pontos. O S&P 500 fechou em baixa de 37,72 pontos, ou 3,24%, para 1.128,15 pontos, puxado pelo declínio dos componentes do segmento financeiro, que recuaram 4,1%.

Os receios com a situação econômica na Grécia tiveram um grande impacto sobre as ações neste mês e devem continuar pairando sobre o mercado nos próximos dias. O parlamento grego aprovou medidas de austeridade fiscal - algo exigido pelos demais países da zona do euro e pelo Fundo Monetário Internacional para a liberação de um auxílio financeiro de € 110 bilhões -, mas as notícias sobre os protestos em Atenas deixaram os investidores receosos.

"É um voo para a segurança e, para dizer a verdade, as pessoas estão vendo o que acontece em Atenas pela CNBC e isso não está ajudando em nada", disse Joe Benanti, diretor-gerente da Rosenblatt Securities. "Você fica assistindo as coisas derreterem. Eu lembrei do declínio de 1987. Quando temos esses movimentos de queda reais, vemos gente saindo e esperando até que haja um piso."

O índice VIX, que mede a volatilidade do mercado, chegou a subir 62% durante o mergulho dos índices, atingindo uma máxima intraday de 40,26 - o nível mais alto desde 21 de abril de 2009 -, mas encerrou a sessão com alta de 31,67%, a 32,80.

Outros indicadores de medo do mercado também tiveram oscilações fortes. No mercado de juro interbancário, por exemplo, as taxas subiram em meio a receios de que os bancos poderão novamente enfrentar problemas para encontrar financiamento como consequência de um eventual agravamento da crise fiscal da zona do euro.

Segundo Mike Chang, estrategista de juros do Credit Suisse em Nova York, na tarde de hoje, a Libor em dólar para três meses chegou a subir para 0,42%, de 0,37% no fechamento de quarta-feira, divulgado pela manhã. O spread entre a Libor para três meses e taxa de Overnight Index Swaps (OIS), considerado um termômetro da percepção de risco de crédito, subiu para 0,14%, de 0,09% no início do dia. Após a quebra do Lehman Brothers, essa taxa superava 1%.

O índice Markit CDX, que mede o custo de proteção contra um default de empresas que possuem grau de investimento, saltou mais de 25% durante o mergulho das ações, atingindo seu maior nível desde julho.

No mercado de Treasuries, os preços subiram, com respectivo movimento inverso dos juros, igualmente impulsionados pela aversão ao risco relacionada à Grécia e ao declínio acentuado nas bolsas norte-americanas. No final da tarde em Nova York, os juros projetados pelos T-bonds de 30 anos estavam em 4,196%, de 4,388% na quarta-feira, após tocar mínima intraday de 4,059% - menor nível desde outubro; os juros das T-notes de 10 anos estavam em 3,390%, de 3,544% ontem, após tocarem a mínima intraday de 3,251%; os juros das T-notes de 2 anos estavam em 0,765%, de 0,868% na quarta-feira, com mínima intraday de 0,638%.

No caso das T-notes de 10 e de dois anos, as mínimas intraday foram os menores níveis para os juros dos dois títulos desde dezembro.

Na New York Stock Exchange (Nyse), o volume negociado alcançou 2,580 bilhões de ações, de 1,527 bilhão de ações na quarta-feira. Na Nasdaq, o volume somou 4,457 bilhões de ações, de 2,876 bilhões de ações ontem; 359 ações subiram e 2.453 caíram. As informações são da Dow Jones. (Gustavo Nicoletta)

quinta-feira, 6 de maio de 2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Painel 05/05

BAIR/FDIC: BANCOS DOS EUA NÃO SERÃO MUITO AFETADOS POR CRISE GREGA

Nova York, 5 - A presidente da Corporação Federal de Seguro de Depósito dos EUA (FDIC, em inglês), Sheila Bair, afirmou que os bancos norte-americanos não serão amplamente afetados pela crise da dívida grega. "A exposição direta dos bancos dos EUA às jurisdições não é grande", disse a autoridade durante uma entrevista concedida à rede de televisão Fox News. Ela acredita que "a situação não trará desestabilização" porque a Europa sabe que passa por alguns problema e tem consciência de que precisará resolvê-los.

Bair também disse que a FDIC está recomendando aos bancos "flexibilidade e compaixão" com as empresas afetadas pelo vazamento de óleo no Golfo do México.

A autoridade reiterou sua oposição à proposta de obrigar os bancos norte-americanos a se separar de suas unidades de negociação de derivativos. "Isso é absolutamente essencial para o que os bancos fazem. Acho que se presume que todos os derivativos são ruins e inapropriados para as atividades bancárias. Esse não é o jeito como as coisas funcionam", afirmou Bair. As informações são da Dow Jones. (Gustavo Nicoletta)


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ANP: ESTIMATIVA SOBRE POÇO PARA CESSÃO ONEROSA SAI EM UMA SEMANA

Rio, 5 - O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, afirmou há pouco que a agência deve divulgar em uma semana as estimativas de reservas do poço Franco, que está sendo perfurado para o processo de cessão onerosa entre União e Petrobras. Ele não quis confirmar as informações extraoficiais de que o poço tem 20 bilhões de barris "in place".

Lima afirmou que o trabalho vai considerar diversos cenários de fator de recuperação do petróleo, taxa que indica a reserva. A ANP vem trabalhando originalmente com um fator de recuperação de 10%, o que daria reservas recuperáveis de 2 bilhões de barris, caso a projeção dos 20 bilhões de barris "in place" se confirmem. A Petrobras, porém, disse que pode trabalhar com um fator de recuperação maior. "Vamos usar taxas reconhecidas internacionalmente e taxas apresentadas pela Petrobras para o pré-sal", disse. (Nicola Pamplona)


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EUA: DADOS SOBRE PRODUTIVIDADE E CUSTO DA MÃO DE OBRA SAEM AMANHÃ

São Paulo, 5 - A agenda de indicadores dos EUA para quinta-feira traz dados preliminares sobre a produtividade e o custo da mão de obra norte-americana durante o primeiro trimestre, além do relatório semanal do Departamento do Trabalho do país sobre os pedidos de auxílio-desemprego.(Gustavo Nicoletta)


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ESTRELLA: PETROBRAS JÁ REDUZIU À METADE PROJEÇÃO DE CUSTO P/PRÉ-SAL

Rio, 5 - O diretor de exploração e produção da Petrobras, Guilherme Estrella, informou há pouco que a companhia já conseguiu reduzir à metade as projeções para o custo de extração no pré-sal. O esforço vem sendo desenvolvido por um grupo de trabalho multidisciplinar montado pela empresa no final de 2008, que avalia questões como logística, automação e materiais, considerados os principais desafios para o pré-sal. "O primeiro relatório do grupo foi concluído em fevereiro de 2009, com um custo que representava mais do que o dobro da estimativa atual", contou Estrella, em entrevista após proferir palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

Segundo ele, dentre as melhorias conseguidas pelo grupo, estão novas tecnologias de construção de poços, novas concepções de unidades de produção e especificações de materiais e estimativas de número de poços por reservatórios. Estrella não quis informar qual o custo de extração projetado pela companhia, alegando que trata-se de dado confidencial. (Nicola Pamplona)

terça-feira, 4 de maio de 2010

segunda-feira, 3 de maio de 2010