quarta-feira, 15 de julho de 2009

Painel 15/07

EXTERIOR OTIMISTA APÓS INTEL; META DE PRODUÇÃO DA RIO TINTO ANIMA

EXTERIOR OTIMISTA APÓS INTEL; META DE PRODUÇÃO DA RIO TINTO ANIMA

Londres, 15 - As bolsas europeias operam em alta, assim como os futuros de Nova York, impulsionados pelo otimismo dos investidores em relação à temporada de balanços, depois dos resultados divulgados por Goldman Sachs, Johnson & Johnson, Intel e ASML Holding NV. O sentimento positivo do mercado contribui para um maior apetite por risco, o que eleva o euro frente ao dólar e provoca alta nas commodities. Com o avanço dos metais, as ações da Rio Tinto sobem mais de 3% em Londres, beneficiadas também pela manutenção da meta de produção de minério de ferro este ano pela mineradora.

"Começamos bem ontem, com resultados melhores que o esperado. Estamos na temporada de balanços, então se empresas grandes têm boa performance, isso é o suficiente para puxar o viés do mercado a favor das compras", disse David Scott, presidente da Chase Investment Council.

As ações de tecnologia estão entre os destaques, depois que a Intel informou ontem à noite receita no segundo trimestre melhor que o esperado.

Hoje, a fabricante holandesa de equipamentos semicondutores ASML Holding NV divulgou prejuízo menor no segundo trimestre, de 104 milhões de euros, e disse que espera chegar ao equilíbrio (break-even) até o final de 2009.

Às 8h55 (de Brasília), as ações da ASML subiam 3,2%, Alcatel-Lucent ganhava 9,6% - a empresa teve sua recomendação elevada para compra pelo Bank of America Merrill Lynch. STMicroelectronics subia 6,6%, Nokia avançava 5,1% e Infineon ganhava 4,2%. No pré-mercado da Bolsa de Nova York, os papéis da Intel saltavam 7,6%.

No mesmo horário, a Bolsa de Londres subia 1,56%; Paris ganhava 1,71% e Frankfurt tinha valorização de 1,76%. O futuro Nasdaq 100 avançava 1,73% e o S&P 500 subia 1,05%.

O setor bancário também contribui para os ganhos nas bolsas europeias, com os investidores ainda reagindo positivamente ao balanço do Goldman Sachs, divulgado ontem. Société Générale ganhava 3,7%, Credit Agricole subia 3,1%, Dexia avançava 3% e BNP Paribas tinha alta de 0,6%.

Os papéis da Rio Tinto subiam 3,6% em Londres, acompanhando a alta do cobre pelo terceiro dia seguido. A terceira maior mineradora do mundo também reafirmou sua meta de produção de minério de ferro este ano, de cerca de 200 milhões de toneladas em uma base de 100%, diante da esperada recuperação na demanda chinesa no segundo semestre de 2009. A Rio Tinto disse que vendeu cerca de metade do minério de ferro que produziu no primeiro trimestre no mercado à vista.

Entre as demais ações ligadas a commodities, Fresnillo subia 4,1%, Tullow Oil avançava 5,2% e Xstrata ganhava 5,4%. O cobre para setembro na Comex eletrônica tinha alta de 2,44%, a US$ 2,3550 a libra peso. Na Nymex eletrônica, o petróleo para agosto subia 1,63%, a US$ 60,49 por barril.

O setor automotivo também vigora entre as ações em alta na Europa, com a informação de que os novos registros de carros em junho aumentaram 2,4%, em base anual, no primeiro avanço em 14 meses, ajudado pelos incentivos dos governos. Os principais beneficiários foram Volkswagen (cujas ações subiam 1,8%) e Fiat (que avançava 1,1%). Daimler ganhava 1,6% e BMW tinha alta de 1%.

A Volkswagen informou hoje que seu conselho de supervisão deve realizar reunião extraordinária em 23 de julho, mas não deu detalhes da agenda. A reunião sinaliza que a empresa pode estar perto de uma decisão sobre a planejada integração com a Porsche Automobil Holding. Em mais notícias relacionadas ao setor, a RHJ International também está no foco, após o Wall Street Journal relatar que ela está pronta para oferecer cerca de US$ 300 milhões pelo controle da unidade europeia da
General Motors, a Opel.

Operadores ponderaram que os volumes de negociação estão mais fracos, por causa da temporada de verão no hemisfério Norte. Uma nota de perspectiva de investimentos do Morgan Stanley Smith Barney afirmou que os mercados financeiros devem continuar voláteis durante o verão, conforme os investidores digerem notícias econômicas e corporativas.

Hoje, dados finais da agência de estatísticas Eurostat mostraram que o índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro caiu 0,1% em junho ante junho de 2008, a primeira queda anual na história da pesquisa. O dado ficou em linha com o previsto. Logo mais, às 9h30 (de Brasília), sai o CPI dos EUA, cuja expectativa é de alta de 0,6% em junho ante maio. A manhã reserva ainda o índice de atividade industrial Empire State, a produção industrial nos EUA em junho e os estoques semanais de petróleo.

Às 8h54 (de Brasília), o euro subia 0,62%, para US$ 1,4064, enquanto o dólar cedia 0,06%, a 93,50 ienes. As informações são da Dow Jones. (Nathália Ferreira)

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