terça-feira, 29 de setembro de 2009

Cnfb4


Outro ativo para acompanhar, cnfb4 aparentemente acumulando (de acordo com OBV) acima do suporte de 5,44. Projeta aproximadamente 0,20 centavos de alta a partir do rompimento do triângulo.

Painel 29/09

EUA SEGUEM EMITINDO SINAIS DÚBIOS SOBRE RETOMADA ECONÔMICA

EUA SEGUEM EMITINDO SINAIS DÚBIOS SOBRE RETOMADA ECONÔMICA

Josué Leonel, jornalista

São Paulo, 29 - Assim como aconteceu na semana passada, os últimos indicadores divulgados nos EUA seguem emitindo sinais contraditórios sobre o processo de recuperação econômica no país. A pior notícia hoje veio do índice de confiança do consumidor da pesquisa Conference Board, que caiu de 54,5 em agosto para 53,1 em setembro. O número foi muito pior do que o resultado de 57,0 previsto pelos analistas. Um dos itens da pesquisa comprova o efeito danoso do desemprego sobre as expectativas dos consumidores. O porcentual dos consultados na pesquisa que acreditam que "está difícil" conseguir emprego subiu de 44,3% em agosto para 47,0% em setembro, enquanto os que consideram haver empregos "abundantes" recuaram de 4,3% para 3,4%.

Outro índice divulgado hoje surpreendeu positivamente, embora não o suficiente para trazer grande entusiasmo. O índice nacional de preços de imóveis em 20 regiões metropolitanas dos EUA medido pela S&P Case Shiller caiu 13,3% em julho sobre mesmo mês de 2008 e aumentou 1,6% ante junho. O índice veio melhor do que a queda de 14% em base anual estimada pelos analistas.

O comportamento dúbio dos indicadores, ora surpreendendo para cima ora para baixo, contribui para manter o mercado em compasso de espera para os números com maior potencial de impacto nos negócios previstos para sair ainda esta semana. Embora a expectativa para alguns indicadores importantes seja positiva, o mercado deve manter a cautela diante do risco de surpresas negativas, como a representada hoje pelos números da Conference Board. Os analistas estimam redução do número de cortes de vagas tanto para a pesquisa ADP/MA, que sai amanhã, quando para o payroll, na sexta, embora a previsão ainda seja de alta para a taxa de desemprego.

A ausência de maior vigor dos indicadores, de todo modo, se mostra coerente com as avaliações de integrantes do mercado e do próprio Fed, de que a retomada da economia americana tende a continuar lenta. Segundo informações da Dow Jones relatadas pelo jornalista Gustavo Nicoletta, o presidente do Federal Reserve de Dallas, Richard Fisher, afirmou que o crescimento da economia norte-americana "deve permanecer moroso por algum tempo" e que, no futuro imediato, os preços devem continuar baixos nos EUA por conta do excesso de capacidade produtiva. "O risco aparentemente é deflacionário", avaliou.

Avaliação semelhante parece mover a estratégia de Bill Gross, que comanda a administradora de investimentos Pimco. De acordo com o site da Bloomberg, Gross afirmou que tem comprado treasuries de longa maturação nas últimas semanas como proteção contra a deflação. Para ele, tem havia uma significativa flutuação na parte longa da curva destes papéis e "isto reflete a volta dos temores deflacionários".

(Josué Leonel é colaborador da AE e comentarista da Rede Eldorado)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Cpfe3


Atenção para o papel que formou uma cunha descendente, com implicações altistas. Caso rompa, ativo pode facilmente buscar os 33,00 com maior probabilidade de testar o último topo. Além da configuração interessante, o setor energético é sempre considerado defensivo, seja com bolsa esticada ou em queda.

Painel 28/09

FECHAMENTO: BOVESPA SEGUE NY, SOBE 1,59% E RETOMA 61 MIL PONTOS

FECHAMENTO: BOVESPA SEGUE NY, SOBE 1,59% E RETOMA 61 MIL PONTOS

São Paulo, 28 - Numa sessão de volume fraco e poucos indicadores, a Bovespa retomou o patamar de 61 mil pontos, seguindo o comportamento das bolsas norte-americanas. A alta das commodities, em especial o petróleo, contribuiu para impulsionar papéis de peso no índice, como Petrobras e Vale, embora bancos e construção civil também tenham se destacado na sessão.

O Ibovespa avançou 1,59%, para terminar na máxima pontuação do dia, aos 61.316,62 pontos. Assim como já havia acontecido na última sexta-feira, o giro financeiro foi mais fraco do que a média mensal e somou R$ 3,915 bilhões.

"O mercado está cauteloso. Quem está dentro do mercado, não quer sair, então as realizações de lucro têm sido contidas. Por outro lado, não há um otimismo exagerado para comprar. Daí o volume mais fraco de hoje", comentou o operador-sênior da TOV Corretora Decio Pecequilo.

O sinal positivo de hoje, segundo ele, foi sustentado pela alta das bolsas norte- americanas, embora o feriado judaico do Yom Kippur tenha também limitado o giro por lá. O único indicador divulgado nos EUA não fez preço nos ativos, que reagiram ao noticiário sobre fusões e aquisições.

A Xerox pagará US$ 6,4 bilhões em dinheiro e ações pela empresa de serviços de informação e terceirização Affiliated Computer Services Inc. (ACS); a belga Solvay vai vender suas atividades de fabricação de medicamentos para a concorrente norte- americana Abbott Laboratories, por US$ 6,572 bilhões; e a Johnson & Johnson anunciou a aquisição de 18,1% na companhia holandesa de biotecnologia Crucell por 301,8 milhões (US$ 440 milhões).

Segundo traders, os anúncios de operações de fusões e aquisições fazem os investidores correr atrás de ações que possam ser alvo de aquisição, daí o desempenho positivo das bolsas.

O Dow Jones terminou em alta de 1,28%, aos 9.789,36 pontos. O S&P avançou 1,78%, aos 1.062,98 pontos, e o Nasdaq subiu 1,90%, aos 2.130,74 pontos. O indicador divulgado hoje foi o de atividade nacional nos Estados Unidos do Fed de Chicago, que caiu para -0,90 em agosto, de -0,56 em julho.

No Brasil, Petrobras foi um dos destaques da sessão, com ganhos acima de 2%, ajudada pelo desempenho do petróleo no exterior. O barril negociado na Nymex fechou com variação positiva de 1,24% no contrato para novembro, a US$ 66,84 o barril. Petrobras ON subiu 2,64% e PN, 2,29%.

Vale também terminou no azul, mas com ganhos mais modestos do que a outra blue chip. A ação ON encerrou com elevação de 1,67% e a PNA, de 1,46%. No setor siderúrgico, Gerdau PN subiu 1,65%, Metalúrgica Gerdau PN, 0,67%, Usiminas PNA, 0,55%, CSN ON, 2,83%.

Bancos e construção civil foram destaque. Gafisa ON foi a segunda maior alta do índice, com 3,35%. A retomada da economia brasileira está proporcionando o reaquecimento do setor e uma prova está no resultado da pesquisa do Sinduscon-SP e da FGV Projetos, que mostrou recorde no nível de emprego da construção civil em agosto, com 2,260 milhões de trabalhadores, 2,03% acima do recorde anterior, de julho (2,216 milhões).

Rossi Residencial ON terminou em +1,37%. Hoje teve início o período de reserva para o varejo da oferta de ações da companhia, que se estende até quarta-feira, prazo idêntico ao da PDG Realty, que subiu 4,93%. O preço por ação das duas operações será definido na quinta-feira. Cyrela ON, que também protocolou pedido de oferta de ações na Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), avançou 0,17%.

No segmento financeiro, BB ON ganhou 1,63%. A instituição anunciou que pagará R$ 4,2 bilhões por metade do capital total do Banco Votorantim. Já o Banco Santander informou alteração na data de início da negociação das units de sua oferta, no Nível 2 da Bovespa, para o dia 7 de outubro. Antes, estava prevista para 8 do mês que vem. O período de reserva da oferta de varejo começa hoje e vai até 5 de outubro.
Santander ON, +4,35%. Bradesco PN, +1,91%, Itaú Unibanco PN, +2,22%.

A maior alta do Ibovespa hoje foi BM&FBovespa, com +4,69%. O gerente de análise da Modal Asset Management, Eduardo Roche, disse ao jornalista do AE Vinícius Pinheiro que uma das razões para esta alta é o sucesso das ofertas públicas na Bovespa, que voltaram a crescer nos últimos dias. "Assim como a queda dos volumes negociados no ano passado afetou os papéis da BM&FBovespa, a perspectiva de que a série de ofertas tenha continuidade em 2010 anima os investidores", afirmou. (Claudia Violante)

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Painel 22/09

LEOS/MOODY´S: BRASIL SE MOSTROU MAIS FORTE QUE OUTROS NA CRISE

LEOS/MOODY´S: BRASIL SE MOSTROU MAIS FORTE QUE OUTROS NA CRISE

São Paulo, 22 - O fato de o Brasil ter sofrido menos durante a crise global e estar se recuperando com mais força foi decisivo para que o Brasil finalmente seja visto como um país grau de investimento pela agência de rating Moody´s, admitiu Mauro Leos, vice-presidente sênior para América Latina.

A Moody's elevou esta tarde os ratings de dívida do Brasil em moeda local e estrangeira do grau especulativo Ba1 para Baa3, patamar inicial para créditos com grau de investimento. A perspectiva para os novos ratings é positiva.

"Basicamente o que vimos é que com o choque global, o Brasil não só teve desempenho melhor do que as pessoas pensavam como parece estar mais forte ou equivalente a países que já são grau de investimento. Isso foi uma consideração importante", citando o desempenho da economia do balanço de pagamentos e do sistema bancário nesse período comparativamente a outros países.

Leos lembrou que a melhora das contas fiscais tem sido levada em conta pela Moody´s nos últimos anos e que mesmo agora, após os gastos adicionais do governo com a crise, a agência avalia que o País parece melhor do que outros países em igual posição. "Os desafios (fiscais) do Brasil são menores do que em outros países com a mesma nota", disse.
(AE)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Csan3


O ativo está formando um bom suporte na faixa de 19,85. Se conseguir negociar acima de 20,30, facilmente testará a última resistência intraday de 20,80. Rompendo estes números, grandes chances de continuar em sua tendência de alta no médio prazo até 24,40.

Painel 21/09

Commodities têm potencial de alta

Commodities têm potencial de alta

Empresas produtoras de matérias-primas, como Vale e Petrobrás, não acompanharam valorização do Ibovespa

Paula Pavon

Com a alta de mais de 60% no ano do Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa de Valores de São Paulo, ficou mais limitado o universo de empresas com bom potencial de ganho. Uma possível porta de entrada são as empresas produtoras de matérias-primas, já que muitas delas não acompanharam a recuperação do índice. Os especialistas explicam que as escolhas mais óbvias são Vale e Petrobrás, que têm chance de apresentar boa valorização nos próximos meses, e principalmente em 2010 quando a demanda por minério de ferro e petróleo deverá estar mais aquecida.

As produtoras de commodities foram as primeiras a sofrerem na crise, como resultado do enfraquecimento da economia. "Esse quadro ruim começa a mudar agora, mas os reflexos só serão vistos mais para a frente", diz o analista da Banif Securities, Gilberto Cardoso.

Já neste ano, a possibilidade de ganho com as ações da Petrobrás chega a pouco mais de 21% até dezembro, de acordo com a pesquisa AE Consenso, que identifica o preço-alvo da ação em R$ 42,07. No caso da Vale, o potencial é um pouco menor, mas ainda assim alto, de 15%. A perspectiva positiva para esses papéis leva em consideração a melhora do cenário internacional, com aumento da demanda pelos produtos considerados básicos.

O funcionário público Henrique Core, de 30 anos, tem ações das duas companhias, pensando na aposentadoria. Investidor de Bolsa desde 2003, ele se assustou com a crise, mas optou por não sacar os recursos. "E, se agora houver uma realização de lucros, vou tentar investir mais dinheiro."

"Entre as duas ações, Petrobrás tem mais chance de ganho. A Vale ainda deve apresentar queda de resultado por conta da produção mais baixa", explica o gerente de pesquisa da Corretora Planner, Ricardo Martins. O cenário para a Vale é muito dependente da demanda chinesa. Depois de fazer uma forte estocagem de minério de ferro no primeiro semestre deste ano, a dúvida dos analistas é sobre o fôlego da China em continuar com o mesmo ritmo de consumo nos próximos meses.

Entenda

Preço-alvo - termo usado pelos analistas financeiros para definir o potencial de valorização ou desvalorização de uma ação.

Realização de lucros - expressão usada quando o investidor vende uma aplicação para obter lucro. A venda ocorre, quando o ativo subiu muito ou apresenta tendência de queda, após uma valorização.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Painel 17/09

Petrobras – Reduzindo o Risco da Capitalização (ITAÚ)

Petrobras – Reduzindo o Risco da Capitalização (ITAÚ)

A Petrobras garantiu o direito de adquirir outros cinco bilhões de boe (barris de petróleo equivalente) mediante o atual sistema de concessão, o que, a princípio, é um bom negócio. Porém, nada é de graça, e a empresa precisará de uma capitalização substancial para adquirir estes barris!

Antes que possamos chegar a qualquer conclusão sobre o assunto,precisamos saber:

i) a avaliação dos barris;
ii) o montante de capitalização exigido;
iii) qual é a diluição em potencial;
iv) a proporção proposta de ações ON e PN e
v) quanto tempo levará para se obter a capitalização.

Todas perguntas fáceis… Porém, precisamos ter respostas claras e cristalinas para estas cinco perguntas, de maneira a sermos capazes de acreditar que a Petrobras tenha espaço para apresentar um desempenho acima da média do setor.

O final do caminho não é realmente empolgante, à medida que de qualquer forma as minorias serão diluídas e a dimensão final da capitalização permanece sendo uma grande interrogação. Mesmo assim, este relatório apresenta algumas conclusões interessantes que, em nossa opinião, desmistificam algumas das preocupações do mercado, enquanto potencialmente criam um momentum de curto prazo positivo para a ação. Além disso, o final da estrada pode estar longe o suficiente para permitir que os investidores relaxem um pouco e aproveitem a viagem.

Nossa conclusão principal é que uma avaliação maior para os barris não impõe necessariamente uma diluição maior. Partindo da premissa que o mercado seja razoavelmente justo, a maior parte dos elementos que poderia ser utilizada para aumentar a avaliação dos barris, tais como capex ou o cenário de longo prazo do petróleo, deverá afetar a avaliação das concessões existentes(embutida na avaliação das ações da Petrobras), limitando, em última instância, os efeitos de diluição. Neste meio tempo, a empresa possivelmente venha a:

i)fazer anúncios adicionais de reservas, apontando para as exigências de unitização que darão suporte à escolha da localização para os direitos de exploração dos cinco bilhões de barris;
ii) anunciar bons resultados relativos às taxas de fluxo do teste de longa duração de Tupi, que deverão reduzir as estimativas de capex e
iii)falar sobre a viabilidade do pré-sal a US$ 45/boe; tudo isso dando suporte ao desempenho da ação.

Os especialistas do setor com quem falamos acreditam que a escolha da Petrobras como a operadora exclusiva, com uma participação de 30%, seja na verdade o “calcanhar de Aquiles” desta proposta – e concordamos com esta opinião. O privilégio concedido à Petrobras vai contra os princípios constitucionais que regem o relacionamento entre empresas públicas e privadas, que requerem um processo de licitação formal de maneira a permitir um tratamento isonômico e uma concorrência justa.
Em suma, reiteramos nossa opinião de que a implementação do sistema de partilha de produção no Brasil venha a ser bem mais difícil do que o governo brasileiro acredita, portanto, não preocuparíamos quanto a isso por ora… A Petrobras garantiu seu “pedacinho do Céu” com o direito de comprar outros 5 bilhões de boe (barris de petróleo equivalente) mediante o atual regime de concessão, tendo então mais que o suficiente em mãos para vir a se preocupar. Acreditamos que a capitalização necessária para adquirir estes barris, a avaliação desses e a aprovação do 4°projeto de lei, que permite esta transação, sejam os pontos nos quais os investidores devam se concentrar neste momento.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Painel 16/09

FATOR PASSA A DETER 6,82% DO CAPITAL DA BRASIL ECODIESEL

FATOR PASSA A DETER 6,82% DO CAPITAL DA BRASIL ECODIESEL

São Paulo, 16 - Após subscrição de direitos em 27 de agosto, o Banco Fator passou a deter 49.442.420 ações ordinárias da Brasil Ecodiesel, ou 6,82% do capital social da companhia. Desse montante, 3,19% do capital é detido diretamente pelo banco e 3,63% indiretamente, em razão de participação de 25,5% detida no Fundo de Investimento em Participações Neo Biodiesel. As informações são de comunicado ao mercado.(Equipe)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Arcz6



Papel muito interessante. Rompeu resistência última em 3,76 no final do mês de agosto, voltou para testar nos últimos dias, e ontem mostrou reação forte. Hoje o ativo se sustentou na faixa de 3,90 a 4,00, rompeu LTB no intraday e pode gerar ponto interessante no suporte de 3,86 a 3,90.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Agenda 15/09

EUA: AMANHÃ SAEM PPI, VENDAS/VAREJO, ÍNDICE EMPIRE STATE E OUTROS

EUA: AMANHÃ SAEM PPI, VENDAS/VAREJO, ÍNDICE EMPIRE STATE E OUTROS

Nova York, 14 - Esta terça-feira será intensa de indicadores nos EUA, com destaque para o índice de preços ao produtor, vendas no varejo e atividade industrial na região de Nova York. Todos os horários são de Brasília. (Suzi Katzumata)

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Vale5


Muita atenção em vale5 no curto prazo, pois pode ser pressionada pelo topo do canal de alta. Enquanto acima de 32,95 o papel segue rompendo forte resistência mas todo cuidado é pouco já que o papel rompeu a faixa mas não aproveitou para fazer um bom movimento de alta, o que me estranha de certa forma.

Painel 14/09

GUERRA COMERCIAL ENTRE EUA E CHINA TRAZ TENSÃO, UM ANO APÓS LEHMAN

GUERRA COMERCIAL ENTRE EUA E CHINA TRAZ TENSÃO, UM ANO APÓS LEHMAN

Londres, 14 - A possibilidade de uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China preocupa os investidores internacionais nesta segunda-feira, um ano após o colapso do Lehman Brothers. Os temores sobre um alastramento do protecionismo, em uma economia global ainda em recuperação, interrompem a procura pelo risco verificada nos últimos dias e faz o dólar retomar as forças, derrubando as commodities e as bolsas.

O governo chinês já reagiu com irritação à decisão dos EUA de elevar as taxas de importação dos pneus produzidos na China para até 35%, por três anos, dos atuais 4%. Pequim anunciou que vai abrir uma investigação sobre as compras de carros e frango norte-americanos.

O cenário esquenta as próximas discussões da reunião de cúpula do G-20, marcada para 24 e 25 de setembro em Pittsburgh (EUA), já que os comunicados do grupo vêm reiterando a necessidade de impedir uma onda protecionista, a fim de não abalar ainda mais as economias que só agora começam a sair da recessão.

"Uma guerra comercial não ajuda a economia global e acreditamos que esta notícia é suficiente para golpear um mercado posicionado para a recuperação", anota Tom Levinson, estrategista de câmbio do ING.

"As informações deixaram os investidores muito nervosos devido à fragilidade da retomada e à possibilidade de que essa disputa possa levar a uma espiral fora de controle", avalia Boris Schlossberg, da corretora GFT.

Depois da forte correção registrada na semana passada, o dólar consegue recuperação em meio ao ambiente mais tenso de hoje. Às 7h55 (de Brasília), o euro (-0,12, a US$ 1,4555) e a libra (-0,70%, a US$ 1,6547) recuavam. Na comparação com o iene, a moeda norte-americana subia 0,03%, para 90,76 unidades.

O reflexo nas commodities também é imediato. O petróleo perdia 1,08%, para US$ 68,54, no pregão eletrônico da Nymex, enquanto metais como o ouro (-0,81%) e o cobre (-1,67%) mostravam desvalorizações acentuadas.

As bolsas de Londres (-0,64%), Paris (-0,90%) e Frankfurt (-0,78%) operavam em queda no mesmo horário (acima).

Mas, se hoje os temores estão relacionados ao ritmo da recuperação, há um ano,quando o Lehman Brothers implodiu, havia o medo de uma depressão. O colapso do gigante financeiro foi um divisor de águas da crise e deu início a um momento ainda mais grave, levando para a recessão também economias emergentes e até então vistas como protegidas - entre elas, o Brasil.

Os pesados estímulos fiscais e monetários despejados pelos governos mundo afora conseguiram impedir as piores consequências para o momento econômico mais dramático do pós-guerra. Hoje, as discussões já recaem sobre as estratégias de saída e os riscos de explosão inflacionária.

"As medidas extremas podem ter sido necessárias para impedir uma espiral deflacionária e a Segunda Depressão, mas nos próximos anos poderemos ter de pagar um preço elevado, com aumento dos impostos e crescimento abaixo da média", avalia Jan Lambregts, do Rabobank.

Hoje, o presidente dos EUA, Barack Obama, fará um discurso sobre a crise em Nova York, por volta das 13h (de Brasília). Conforme o ING, há crescentes rumores de que ele poderá retirar algum dos suportes dados ao setor financeiro. "Será preciso ver se os mercados estão preparados para isso." (Daniela Milanese)

domingo, 13 de setembro de 2009

Painel 13/09

Atenção para a notícia abaixo! Já tinha saído há duas semanas e relataram que a negociação estava avançada no governo. A mídia não tinha soltado ainda estes dados (por que será?), e acredito que quando começarem a "pipocar" a notícia, as empresas relacionadas a este setor sofrerão no curto prazo (principalmente a Vale).

ESPECIAL: PARA ADVOGADOS, NOVO MARCO AFETARÁ RETORNO DE MINERADORAS

ESPECIAL: PARA ADVOGADOS, NOVO MARCO AFETARÁ RETORNO DE MINERADORAS

São Paulo, 11 - O novo marco regulatório da mineração, que está sendo elaborado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), deve causar impacto negativo nos retornos que as mineradoras obterão com seus investimentos na área. Apesar de a proposta oficial não ter sido concluída pelo governo, advogados especializados em direito minerário apontam que, dentre as mudanças a serem colocadas estão prazos mais curtos para o início da exploração de minas e a imposição de limites para as empresas operarem novas minas, ao contrário do modelo atual, que permite a lavra até o esgotamento dos recursos. Outro ponto que deve afetar os negócios das mineradoras é a mudança na cobrança da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), espécie de royalty que as mineradoras pagam aos municípios, Estado e União pelo direito de explorar as riquezas minerais.

Além de ampliar as alíquotas, o governo poderá mudar a forma de cobrança, que hoje é feita sobre o faturamento líquido obtido na venda do produto (excluindo transporte, seguros, PIS, Cofins e ICMS), e poderá passar a ser feita sobre o faturamento bruto, aumentando as despesas das companhias. Atualmente, as empresas pagam até 3% de royalties, a depender do tipo de minério. No caso do minério de ferro, a alíquota é
de 2%. O setor já fala na possibilidade de uma alta para 4% a 6%, valor que preocupa as empresas.

Recentemente, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que os royalties cobrados hoje da mineração são baixos, e comparou com os do petróleo, que chegam a 10%. "Uma alta como esta pode não ser viável porque tira a competitividade do setor, mas uma alternativa seria aumentar a fiscalização para evitar a evasão", disse o especialista em direito minerário Affonso Cunha, sócio do escritório TozziniFreire.

No tocante aos governos estaduais e municipais, a polêmica dos royalties ficará por conta da distribuição dos recursos. Atualmente, do total arrecadado pela CFEM, as prefeituras ficam com 65%; Estados e Distrito Federal com 23% e 12% são direcionados para a União. Segundo a advogada Conceição Clemente, sócia do escritório Doria, Jacobina, Rosado e Gondinho Advogados, já se fala na possibilidade de o governo optar pela distribuição dos recursos aos demais Estados do País, em linha com o que foi proposto para o pré-sal. Com isso, os principais estados mineradoras, como Minas Gerais, Pará e Goiás correm o risco de perder parte das suas receitas.

Em declarações recentes, Lobão disse ainda que o fundo social que receberá os recursos obtidos pela União com a exploração do pré-sal também poderá ser complementado com os royalties, por exemplo, cobrados do minério de ferro. A comparação feita entre o setor mineral e o petróleo é questionada pelos advogados devido às diferenças existentes entre os setores, embora ambos tenham a mesma base constitucional por serem recursos minerais. Apesar de também envolver investimentos elevados, a operação do petróleo tem custos mais baixos do que a de mineração.

Regras para exploração

Os prazos de exploração das minas também devem ser alterados para dinamizar o setor. Atualmente, existe um prazo de três anos, renovável por mais três anos, para que as empresas concluam a etapa de pesquisa mineral, mas ele deve ser reduzido, segundo o advogado do Mattos Filho, Oswaldo Dela Torre. Outra possibilidade seria restringir o prazo de exploração da mina, que hoje vai até o esgotamento dos recursos.
Para o advogado, a restrição poderia inviabilizar alguns projetos de retorno de longo prazo. Uma consequência possível seria um impacto ambiental maior em minas com necessidade de exploração mais rápida. "Não há definição sobre isso, mas acredito que isso só valeria para as novas concessões e não para as que já estão em operação", disse.

A forma com que as empresas obtém a concessão da lavra é outro ponto que está em estudo pelo Ministério. O formato atual, que dá a prioridade à empresa que pedir o direito primeiro, pode ser substituído por um sistema de licitações. O objetivo é evitar que uma empresa detentora do direito controle uma área mesmo sem ter recursos para explorá-la. Segundo o sócio do escritório Azevedo Sette, Fernando Sette, existe uma especulação neste mercado. "Alguns detentores de títulos esperam um momento mais forte do mercado para transferir seus direitos de exploração", disse.

Além da licitação, o governo estuda um controle mais regular sobre os projetos de pesquisa apresentados pelas empresas. Segundo Dela Torre, do Mattos Filho, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) não tem estrutura para acompanhar nem mecanismos legais para exigir o cumprimento da pesquisa mineral. A instituição é uma autarquia federal e deverá ser transformada em agência reguladora com o novo marco regulatório, o que deve garantir maior independência e transparência, na visão dos especialistas.

O mercado espera ainda que o novo marco regulatório inclua mecanismos de incentivo para pequenas e médias mineradoras, que encontram maiores dificuldades para obter financiamentos para pesquisa mineral. Uma das possibilidades prevê que as empresas poderão usar o alvará de pesquisa como garantia para os empréstimos; atualmente, apenas a concessão da lavra (estágio seguinte da atividade) pode ser usado como garantia. Neste caso, o banco poderia transferir o alvará de pesquisa para outra empresa caso a mineradora não cumprisse com as obrigações assumidas.

Como o novo marco regulatório inclui um número muito grande de temas, os advogados acreditam que ele poderá deixar alguns assuntos de fora em um primeiro momento. Questões mais polêmicas, como mineração em terras indígenas e a atuação de estrangeiros em faixa de fronteira, podem fazer parte de projetos de leis posteriores. Segundo se comenta no mercado, o governo poderá permitir a mineração de empresas controladas por estrangeiros nas fronteiras, desde que a empresa se comprometa a beneficiar o minério em território nacional.
Atualmente, os estrangeiros só podem atuar nestas áreas com participação minoritária.

Segundo o ministro Lobão, o novo código para o setor de minérios do País estará concluído até o final de 2009. O documento deve ser encaminhado à Casa Civil, para então ser discutido com representantes do setor, e depois ser enviado ao Congresso. Desde o surgimento do atual Código Mineral, em 1967, muitas leis foram elaboradas para o setor e ainda estão em tramitação no Congresso Nacional. O novo marco regulatório deve englobar grande parte dos temas abordados por estas leis.

"Resta ver se o governo vai propor mudanças mais cirúrgicas ou de maior porte",disse Ana Karina de Souza, do Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados. Entre os advogados, há quem pense que 2009 é um prazo muito curto para o governo, especialmente em meio às discussões sobre o pré-sal. (Natalia Gómez)

MINERADORES REJEITAM AVALIAÇÃO DE LOBÃO SOBRE ROYALTIES DO SETOR

MINERADORES REJEITAM AVALIAÇÃO DE LOBÃO SOBRE ROYALTIES DO SETOR

Brasília, 11 - Os empresários do setor de mineração discordaram da afirmação do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, de que os royalties cobrados do setor são baixos e podem ser reavaliados pelo governo. "Os setores da mineração viram com perplexidade as declarações do ministro Edison Lobão. Talvez, com o monopólio do tempo e da atenção que os setores de energia e petróleo tiveram no ministério, não tenha havido tempo para o ministro aprofundar e conhecer melhor o setor", disse o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Paulo Camillo Penna.

O executivo afirmou que, considerando-se os impostos e a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) - que é o royalty da mineração -, o setor mineral brasileiro já está entre os que enfrentam as maiores cargas tributárias do mundo. "Qualquer análise que não avalie o todo significa deslocar o Brasil da competição internacional na atividade", disse Penna.

O royalty e os tributos variam de acordo com o produto. Estudo feito pelo Ibram em agosto passado mostra que, no minério de ferro, principal item da pauta de exportação do setor, a carga tributária brasileira (somando-se CFEM, Imposto de Renda, PIS, Cofins e ICMS) equivale a 19,70% das receitas. Com esse porcentual, o Brasil fica em terceiro lugar entre os países de maior tributação, perdendo para Venezuela e China. Penna ressalta, entretanto, que esses dois países não competem no mercado internacional (a Venezuela produz pouco e a China é compradora de minério).

Assim, na prática, a carga tributária brasileira supera a de outros países que são grandes produtores de minério de ferro, como a Austrália, cujos impostos e royalties somam 15,40% do faturamento. "E a Austrália está do lado da China (que é um dos principais compradores). Nós estamos do outro lado do mundo e ainda temos o custo do frete", disse Penna.

O presidente do Ibram comentou que, em 2007, a Índia aumentou a tributação sobre o minério que vende à China em cerca de US$ 7 por tonelada. O resultado foi uma queda de vendas de 30%.

"A análise não pode ser feita sem uma visão absolutamente técnica e organizada, sob pena de prejudicar a atividade privada que mais investe no Brasil", disse Penna. O dirigente lembrou ainda que um eventual aumento da tributação do setor também teria efeitos nos preços da economia brasileira. "O aumento da tributação e dos encargos será pago pela população. O aumento dos royalties vai significar aumento no preço das geladeiras, fogões, alimentos (pelo efeito nos fertilizantes) e tudo o que tiver insumos na mineração", disse. (Leonardo Goy)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Agenda 11/09

EUA: SENTIMENTO DO CONSUMIDOR SAI ÀS 10H55; ESTOQUE/ATACADO, ÀS 11H

EUA: SENTIMENTO DO CONSUMIDOR SAI ÀS 10H55; ESTOQUE/ATACADO, ÀS 11H

Nova York, 11 - A Universidade de Michigan divulga nesta sexta-feira o dado preliminar do sentimento do consumidor americano em setembro, enquanto o Tesouro anunciará o déficit orçamentário de agosto. Todos os horários são de Brasília. (Suzi Katzumata)


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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Petr4; Vale5




Mercado gerando sinais distintos; enquanto petr4 ainda se situa abaixo de resistência de 33,30, vale5 vai rompendo forte barreira de 33,65. Acredito que este seja um momento muito importante para nosso índice e amanhã um dia bastante significativo. Se vale5 conseguir se manter acima deste patamar, teremos mais condições de buscar as faixas de 60 a 63 mil pontos no índice. Mas todo cuidado é pouco, rompimentos como o de hoje costumam chamar muito comprador e depois voltar forte, portanto é sempre bom relembrar de colocarmos os stops sem pensar duas vezes! Rompimentos algumas vezes gera um risco x retorno negativo, mas com o suporte em mente, nos 57.600 do índice bovespa, todo trade fica mais seguro.
Para quem opera opções, dificilmente vale5 dará exercício neste mês a 36. Vejam a forte resistência do papel no semanal a 35,30.

Painel 10/09

WSJ:PETROBRAS PAGARÁ VALOR JUSTO POR RESERVA/UNIÃO, DIZ GABRIELLI

WSJ:PETROBRAS PAGARÁ VALOR JUSTO POR RESERVA/UNIÃO, DIZ GABRIELLI

São Paulo, 9 - O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou que o processo para estabelecimento do valor dos campos de petróleo do pré-sal deverá ser transparente e coerente com os padrões estabelecidos pela indústria. "Isso tem de ser feito a um valor justo", afirmou Gabrielli em entrevista por telefone concedida do Rio de Janeiro para o The Wall Street Journal.

Segundo Grabielli, empresas internacionalmente reconhecidas irão avaliar o valor dos direitos de exploração dos campos de petróleo que serão adquiridos dentro do programa federal para elevar a participação do governo na Petrobras.

A decisão de escolher empresas de avaliação internacionalmente reconhecidas ajudará a melhorar a confiança dos investidores no processo, cujo anúncio causou fortes perdas às ações da Petrobras na semana passada. Pelo plano, o governo brasileiro subscreverá novas ações da Petrobras em troca de direitos de extração de 5 milhões de barris de petróleo de campos com reservas ainda não especificadas, localizados na área do pré-sal.

Alguns investidores venderam ações com preocupações de que o governo pudesse sobrevalorizar os direitos na transação para adquirir um volume de ações maior do que o justo, reduzindo o valor das ações existentes. O fato de o governo brasileiro ser também o controlador da Petrobras aumenta o risco de conflito de interesses, segundo analistas da indústria de petróleo.

Normalmente a indústria de petróleo confia regularmente a certificação de poços e informações para leilões de direitos sobre petróleo a um pequeno grupo de empresas como Gaffney e a Cline & Associates. As informações são da Dow Jones. (Cynthia Decloedt)

CAPITALIZAÇÃO DA PETROBRAS, QUANDO SAIR, PODE ENCOLHER MERCADO

CAPITALIZAÇÃO DA PETROBRAS, QUANDO SAIR, PODE ENCOLHER MERCADO

São Paulo, 9 - Em meio a reabertura do mercado para ofertas de ações, a capitalização da Petrobras deve inibir futuras operações e até mesmo diminuir o volume de negócios na Bolsa de Valores de Paulo. A avaliação é do presidente do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Mauro Cunha. "Esse aumento de capital vai causar um verdadeiro buraco negro no nosso mercado", alertou.

O executivo lembrou que a capitalização da Petrobras caminha para ser a maior do mundo. Até hoje, a maior oferta de ações já feita foi do Banco Industrial da China, de US$ 20 bilhões. A expectativa de mercado é de que a operação da estatal brasileira de petróleo ultrapasse e muito esse valor, ficando na casa dos US$ 50 bilhões, cifra que equivale, aproximadamente, a um mês inteiro de negociação no pregão paulista. "Para acompanhar a oferta, os investidores terão de vender outros papéis e comprar as ações da Petrobras", explicou.

É o caso da Previ, terceira maior acionista individual da estatal com 3,15% do capital total. Na semana passada, o diretor financeiro do fundo de pensão, Fábio Moser, disse à Agência Estado que a superexposição em renda variável não é um impeditivo à participação da Previ, que pode se desfazer de outros papéis da carteira se considerar interessante o valor a ser fixado para a capitalização da Petrobras.

Para o presidente do IBGC, outros investidores vão seguir pelo mesmo caminho, o que tende a aumentar as ordens de venda no pregão paulista. Mas, o consenso no mercado brasileiro é de que a operação não deva sair este ano. O próprio diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, já afirmou considerar improvável que o projeto de lei seja aprovado pelo Congresso dentro do prazo de 90 dias estabelecidos em casos de pedido de urgência feito pelo Governo. Como a capitalização só deve ocorrer em 2010, a operação não deve prejudicar as 11 ofertas que estão atualmente em andamento.

Mas, quando ocorrer o aumento de capital da Petrobras, observa o ex-diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Wladimir Castelo Branco, o mercado deve passar por um período de menor apetite dos investidores. As próprias companhias interessadas em captar recursos devem evitar o mercado de capitais com receio de enfrentar a concorrência da oferta de papéis da estatal. "Quem se aventurar (a emitir ações) vai quebrar a cara", prevê Eduardo Roche, chefe da área de análise da Modal Asset. "A janela de oportunidades para oferta deve ficar fechada", completou, referindo ao período em que houver a subscrição para aumento de capital da Petrobrás.

Apesar de trabalhar com um cenário ruim para lançamento de ações, o executivo acredita que a redução no giro financeiro da Bovespa não será do tamanho da capitalização da Petrobras, que se especula em torno de US$ 50 bilhões. "Não acredito em caos geral no mercado". Além do governo já ter sinalizado que pretende comprar as sobra de ações da oferta, Roche pondera que após a crise os hedge funds não estão tão aplicados em renda variável como antes. Por isso, a operação pode atrair esses fundos, uma vez que seria uma oportunidade para eles aumentarem a exposição em ativos emergentes com grande liquidez. (Mônica Ciarelli)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Painel 08/09

GREENSPAN ALERTA QUE POLÍTICA DO FED VAI ESTIMULAR INFLAÇÃO

GREENSPAN ALERTA QUE POLÍTICA DO FED VAI ESTIMULAR INFLAÇÃO

Mumbai, 8 - A economia dos Estados Unidos pode testemunhar uma inflação de dois dígitos em uns poucos anos, a menos que o banco central norte-americano aperte sua política monetária, afirmou o ex-presidente do Federal Reserve Alan Greenspan nesta segunda-feira. "A menos que retiremos todo este grau de expansão, estaremos com problema. Eu não estou falando de uma inflação de 3%-5%, estou falando de uma inflação de dois dígitos nos EUA", disse Greenspan em uma videoconferência em Mumbai, Índia.

O ex-presidente do Fed disse que a inflação nos EUA pode começar a acelerar em algum momento em 2012 a menos que medidas sejam tomadas para reduzir a imensa base monetária.

Contudo, a taxa de inflação global - excluindo os preços de alimentos e energia - continuará a cair durante este ano e no próximo ano, disse, apontando para uma considerável folga na economia global.

Desde dezembro do ano passado, o Fed vem mantendo sua taxa de juro de curto prazo em um nível extremamente baixo - mirando efetivamente uma taxa zero -, enquanto tenta ajudar a orquestrar uma recuperação tanto nos mercados financeiros quanto na economia mais ampla. Com uma recuperação começando a se mostrar, alguns estão preocupados de que a continuação da atual política vai alimentar uma disparada na inflação.

Greenspan disse que apertar a política é difícil, comparado com a expansão do balanço patrimonial, em uma democracia.

Recentemente, o Fed disse que vai concluir suas compras de US$ 300 bilhões em títulos da dívida do Tesouro americano até o final de outubro e que vai desacelerar as compras restantes com objetivo de proporcionar uma transição suave de uma posição de afrouxamento monetário.

Greenspan acrescentou que os bancos americanos vão precisar de mais colchão de capital mesmo durante tempos normais. "Mesmo em períodos sem crise, sem euforia, precisaremos ter um colchão muito maior do que atualmente temos", disse o ex-presidente do Fed. As informações são da Dow Jones. (Suzy Katzumata)

Ibov


Já postei o suporte e agora é minha obrigação, alertar para a resistência: 57.880.
Então mercado está entre as faixas de 55.450 e 57.880.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Ibov


Muito bom suporte do índice! Ponto para ficar acompanhando de perto.

Painel 01/09

SETEMBRO SURGE COMO TESTE PARA MERCADOS GLOBAIS APÓS MESES DE RALI

SETEMBRO SURGE COMO TESTE PARA MERCADOS GLOBAIS APÓS MESES DE RALI

Londres, 1º - Setembro se apresenta como um importante teste para os mercados globais. Tradicionalmente negativo para os negócios, o mês chega após quase um semestre de rali, em meio à estabilização das economias e a expectativa sobre o fim da recessão mundial.

Até então estimulados pela liquidez gerada por políticas de afrouxamento dos bancos centrais, os investidores estão espremidos agora entre o esgotamento das valorizações e os indicadores de atividade que devem continuar apontando para a retomada.

Nesta primeira manhã de setembro, a opção é pela realização de lucros. Ignorando dados positivos da China e da zona do euro, as bolsas europeias recuam perto de 1% e o dólar reaparece como o principal posto de refúgio contra o risco. O petróleo consegue leve recuperação, depois de desabar ontem.

O dia começou com informações mais animadoras sobre a China, que levaram a Bolsa de Xangai para um ganho de 0,60%. O índice de atividade industrial (PMI) subiu de 53,3 em julho para 54 em agosto, segundo o escritório de estatísticas do governo.

Na zona do euro, o mesmo indicador marcou 48,2 no mês passado, acima da projeção de 47,9, puxado pelo desempenho da Alemanha e da França. O desemprego, apesar de ter atingido 9,5%, o mais elevado desde maio de 1999, ficou dentro do esperado pelos analistas.

Agora, as atenções se voltam para os Estados Unidos. Às 11 horas (de Brasília), sai o índice industrial ISM, com perspectiva de que volte a superar a marca de 50, apontando assim expansão pela primeira vez desde janeiro de 2008. É um divisor relevante, até porque no pior momento da crise esse indicador mergulhou para 32,9,em dezembro do ano passado, como lembra o BNP Paribas.

O banco francês acredita que a melhora rápida do indicador deve-se a fatores que são temporários, como a retomada da produção de veículos. "Entretanto, esse salto deve persistir por vários meses e é consistente com nossa projeção de crescimento de 3% do PIB do terceiro trimestre."

A agenda dos Estados Unidos ainda traz os gastos com construção e vendas pendentes de imóveis residenciais em julho, também às 11 horas, além das vendas de veículos novos em agosto - dentro de uma semana agitada e que culmina com o payroll na sexta-feira.

Resta saber se os números norte-americanos conseguirão reverter o ambiente mais arisco desta manhã. Operadores lembram que a situação de liquidez fraca ainda persiste, porque muitos investidores só voltam das férias depois do feriado do Dia do Trabalho nos EUA, na próxima segunda-feira.

Às 7h55 (de Brasília), as bolsas de Londres (-1,13%), Paris (-0,78%) e Frankfurt (-1,47%) recuavam.

As moedas europeias também cediam frente ao dólar. O euro perdia 0,24%, para US$ 1,4317, e a libra, -0,37%, para US$ 1,6239. O dólar operava praticamente estável (+0,01%) na comparação com o iene, a 93,14 unidades.

No mesmo horário, o petróleo conseguia ganho de 0,33%, para US$ 70,19, retomando a casa dos setenta dólares perdida ontem, em dia de liquidação das commodities - que pesou também sobre as ações da Petrobras, pressionadas ainda pela capitalização da União em meio às novas regras do pré-sal. (Daniela Milanese)

EUA: ÍNDICE ISM E DOIS DADOS SOBRE IMÓVEIS SERÃO DIVULGADOS ÀS 11H

EUA: ÍNDICE ISM E DOIS DADOS SOBRE IMÓVEIS SERÃO DIVULGADOS ÀS 11H

Nova York, 1 - Nesta terça-feira, serão divulgados dois indicadores do setor de moradia dos EUA, de investimentos com construção e vendas pendentes de imóveis residenciais. Todos os horários são de Brasília. (Suzi Katzumata)