quarta-feira, 1 de julho de 2009

Painel 01/07

SEMESTRE COMEÇA COM DISPOSIÇÃO PARA RISCO NO EXTERIOR

SEMESTRE COMEÇA COM DISPOSIÇÃO PARA RISCO NO EXTERIOR

Londres, 1 - O segundo semestre começa com disposição para o risco nos mercados internacionais. Dados vindos da Ásia contribuem para o sentimento positivo neste início de quarta-feira, antes de uma bateria de indicadores nos Estados Unidos.

As bolsas europeias exibem valorizações superiores a 1%, após os desempenhos decepcionantes de ontem.

Resta saber se o ânimo irá prevalecer após o teste de resistência nas próximas horas, que só termina amanhã com o payroll, antes do descanso do feriado nos EUA.

Já há uma série de informações a serem assimiladas logo no começo do dia, com destaque para a Ásia. A China é apontada como responsável pela maior parte do otimismo, já que o índice de atividade industrial dos gerentes de compra (PMI),
divulgado pela Federação Chinesa de Logística & Compra (CFLP, na sigla em inglês), oficial do país, subiu de 53,1 em maio para 53,2 em junho, a quarta alta consecutiva.
No Japão, a pesquisa Tankan mostrou que o índice de confiança das grandes empresas manufatureiras do país abandonou o fundo do poço de -58 registrado em março para atingir -48 em junho. Apesar da melhora, o indicador ficou abaixo das previsões, limitando o entusiasmo com o número - tanto que a Bolsa de Tóquio recuou 0,2%.

Segundo Caroline Newhouse-Cohen, do BNP Paribas, apesar de representar a primeira alta em nove trimestres, o resultado não compensa a forte piora registrada desde dezembro.

Na Europa, a revisão final do PMI da zona do euro em junho registrou leve melhora. O indicador ficou em 42,6, acima dos 42,4 anunciados anteriormente.

"A mensagem continua a mesma: os índices estão subindo em todas as maiores economias da zona do euro e as encomendas e o nível dos estoques apontam para nova melhora nos próximos meses", diz Janet Henry, do HSBC.

Agora, será preciso fôlego para enfrentar o calendário norte-americano. A maratona começa com a criação de vagas no setor privado em junho medida pela ADP, um importante parâmetro para o payroll, às 9h15 (de Brasília).

A agenda também traz o índice de atividade do setor industrial do ISM, os gastos com construção e as vendas de imóveis pendentes, todos às 11 horas. Meia hora depois, saem os estoques de petróleo.

Sem horário definido, as montadoras norte-americanas divulgam as vendas de veículos em junho.

Às 8h28 (de Brasília), as bolsas de Londres (+1,47%), Paris (+1,90%) e Frankfurt (+1,61%) subiam.

O petróleo avançava 1,96%, para US$ 71,24, no pregão eletrônico da Nymex.

No mercado de câmbio, as principais moedas operam de lado. No mesmo horário (acima), o euro subia 0,27%, para US$ 1,4072, mas a libra perdia 0,04%, para US$ 1,6445. O dólar valia 96,89 ienes (+0,10%). (Daniela Milanese)

Nenhum comentário: