quarta-feira, 22 de julho de 2009

Painel 22/07

EXTERIOR DEIXA APETITE POR RISCO DE LADO ANTES DE MAIS BALANÇOS

EXTERIOR DEIXA APETITE POR RISCO DE LADO ANTES DE MAIS BALANÇOS

Londres, 22 - O clima é de realização de lucros nos mercados internacionais. Após dias seguidos de valorizações, o apetite pelo risco fica de lado na manhã desta quarta-feira, no aguardo de mais balanços nos Estados Unidos. As bolsas europeias e os futuros de Nova York recuam. O ambiente dá espaço para o dólar se firmar e, consequentemente, derruba o petróleo.

Os números do Morgan Stanley e do Wells Fargo são os mais aguardados do dia, em meio à fraca agenda de indicadores.

Até agora, a temporada de resultados corporativos está sendo bem recebida pelos investidores - apesar de a realização de hoje ignorar os dados positivos da Apple, anunciados ontem à noite.

O que traz cautela é a situação do CIT Group, que ainda corre o risco de entrar em concordata. Ontem à noite, a Microsoft informou que estava deixando de operar com a financiadora de pequenas e médias empresas.

O presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, volta ao Congresso hoje, para depor no Senado, a partir das 11 horas (de Brasília). Mas ninguém espera nada de novo. Vários analistas dizem que o depoimento de ontem foi antecipado pelo artigo de Bernanke no Wall Street Journal.

Na Câmara, a autoridade mostrou as ferramentas que possui para rever a expansão monetária, mas afirmou que as taxas de juros permanecerão baixas por um período prolongado. A alta do desemprego é uma das preocupações.

Os especialistas do Standard Chartered concordam que a inflação não é uma preocupação para o momento, tendo em vista o baixo índice de utilização da capacidade instalada e a fraqueza do mercado de trabalho.

Para eles, todos os principais bancos centrais manterão os juros muitos baixos pelos próximos 12 meses. "Somente economias como o Brasil, Índia, China e Indonésia, onde a demanda doméstica permanece relativamente forte, a inflação pode se tornar uma preocupação em 2010."

Hoje, o Copom deve voltar a reduzir a Selic, em meio ponto porcentual, para 8,75% ao ano, conforme a unanimidade dos analistas consultados pelo AE Projeções.

Às 7h55 (de Brasília), as bolsas de Londres (-0,14%), Paris (-0,60%) e Frankfurt (-0,26%) recuavam.

O petróleo perdia 1,22%, para US$ 64,81, antes da divulgação dos estoques nos Estados Unidos, às 11h30.

No mesmo horário (acima), o euro operava quase estável (+0,01%, a US$ 1,4196), enquanto a libra recuava (-0,17%, a US$ 1,6378). O dólar valia 93,44 ienes, recuo de 0,21%. (Daniela Milanese)

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