segunda-feira, 26 de abril de 2010

Painel 26/04

EUROPA: BOLSAS FECHAM EM ALTA REAGINDO A PEDIDO DE AJUDA DA GRÉCIA

Londres, 26 - Os mercados acionários europeus fecharam em alta reagindo positivamente à notícia de que a Grécia solicitou o pacote de auxílio elaborado por seus pares europeus e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). "Nós consideramos interessante a performance dos mercados de ações europeus, dado o sentimento sombrio quanto às economias do sul da Europa", disse um analista da Charles Stanley.

O euro, no entanto, recuava ante o dólar, enquanto o custo de proteção ao calote da dívida grega subia. "Paciência é necessária, visto que ainda há ceticismo que será removido apenas quando o dinheiro fluir", afirmaram analistas do Royal Bank of Scotland.

O índice CAC-40, da bolsa de valores de Paris, avançou 46,09 pontos, ou 1,17%, fechando em 3.997,39 pontos. Em Frankfurt, o índice Dax teve alta de 72,57 pontos, ou 1,16%, terminando o pregão em 6.332,10 pontos. Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 ganhou 30,20 pontos, ou 0,53%, encerrando a sessão em 5.753,85 pontos. As informações são da Dow Jones. (Ricardo Gozzi)


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CENÁRIO-1: MERCADO VÊ SINAIS NA FALA DE MEIRELLES E REFORÇA 0,75PP

Apesar do recado enfático do presidente do BC, Henrique Meirelles, para que o mercado não leia nas entrelinhas do relatório de inflação ou da ata do Copom qualquer sinal sobre a decisão que será tomada sobre a Selic na próxima quarta-feira, foi justamente nas declarações do chairman da autoridade monetária que as instituições financeiras se apoiaram para reforçar as apostas de alta de 0,75 ponto porcentual neste mês. "Não há sinais", afirmou Meirelles, mas o mercado entendeu, diante dessas palavras, que o BC tem flexibilidade para alterar qualquer rota inicialmente traçada e, inclusive, passar de uma decisão de manutenção do juro básico (em março) direto para uma alta de 0,75 pp em abril, sem dar um tempo no degrau de 0,50 ponto. Assim, as apostas para o Copom de quarta-feira ficaram novamente embaralhadas, com o mercado dividido entre as duas hipóteses básicas - 0,50 pp ou 0,75 pp - mas agora engordando aquela que havia perdido força ao final da semana passada. Enquanto isso, a Bolsa encontra-se travada, já tendo precificado a eventual alta de 0,50 pp, mas cultivando a dúvida sobre 0,75 pp, enquanto olha para o quadro externo, onde os receios de um calote da Grécia não foram dissipados. Esse medo novamente pesa sobre o euro, beneficiando o dólar, mas aqui o mercado de câmbio está um tanto descolado do exterior, por causa de arbitragem com juros. Nos EUA, Dow Jones tem sustentação nos balanços favoráveis da Caterpillar e Whirlpool, mas S&P 500 e Nasdaq oscilam, ante a expectativa de votação, hoje à noite, no Senado norte-americano, da proposta de reforma do setor financeiro.(AE)

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