quinta-feira, 22 de abril de 2010

Painel 22/04

FECHAMENTO: BOVESPA SEGUE MELHORA EM NOVA YORK, VIRA E SOBE 0,10%

São Paulo, 22 - Depois de trabalhar praticamente toda a sessão em queda, a Bovespa acabou sucumbindo nos seus minutos finais à melhora em Wall Street. Virou e fechou com pequena alta, ajudada pela inversão para cima de Vale e siderúrgicas. O discurso de Barack Obama deu fôlego às compras em Nova York e acabou ofuscando as preocupações que predominaram durante o dia com a Grécia.

O Ibovespa terminou o dia em alta de 0,10%, aos 69.386,41 pontos. Na mínima, registrou 68.081 pontos (-1,79%) e, na máxima, os 69.528 pontos (+0,30%). No mês, a Bolsa perde 1,40% e, no ano, sobe 1,16%. O giro financeiro totalizou R$ 6,473 bilhões.

Durante praticamente toda a quinta-feira, as bolsas norte-americanas e brasileira trabalharam em baixa, reagindo à notícia de que a Eurostat aprofundou a previsão de déficit fiscal da Grécia. O fato de a agência de classificação de risco Moody's ter rebaixado o rating dos bônus gregos também pesava sobre os negócios e os investidores trataram de fugir do risco. O euro foi penalizado, assim como as commodities. A Bovespa entrou nessa conta, mas no final acabou se beneficiando da melhora de Nova York.

O que levou os investidores a voltarem a comprar ações em Wall Street foi o discurso no qual Obama pediu novamente aos executivos de bancos para retirarem de Washington os lobistas que estão combatendo "furiosamente" a reforma regulatória do setor financeiro. Como já estavam menos mal-humorados, o mercado aproveitou para reagir ainda ao dado positivo do setor imobiliário divulgado pela manhã (as vendas de imóveis residenciais usados subiram 6,8% em março, ante previsão de alta de 3,8%). O Dow Jones terminou em elevação de 0,08%, aos 11.134,29 pontos, o S&P subiu 0,23%, para 1.208,67 pontos, e o Nasdaq ganhou 0,58%, aos 2.519,07 pontos.

Na Bovespa, Petrobras e Vale caíam, mas apenas a segunda teve fôlego para subir no final. Petrobras ON terminou em baixa de 1,17% e PN, de 1,28%. Vale ON subiu 0,35% e PNA, 0,57%. O setor siderúrgico virou para cima em bloco. Gerdau PN avançou 2,03%, Metalúrgica Gerdau PN, 1,06%, Usiminas PNA, 0,43%, e CSN ON, 0,75%.

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LUCRO DA MICROSOFT SOBE 35% A US$ 4 BI NO TRIMESTRE; AÇÃO -4,52%

Nova York, 22 - O lucro na Microsoft Corp no terceiro trimestre fiscal cresceu 35%,com a gigante do software se beneficiando de uma resposta forte ao lançamento do sistema operacional Windows 7. A Microsoft afirmou que mais de 10% dos microcomputadores no mundo rodam o Windows 7, o que o torna, "de longe, o sistema operacional com as vendas mais rápidas na história".

No trimestre encerrado em 31 de março, a empresa teve lucro de US$ 4 bilhões, ou US$ 0,45 por ação, de US$ 3 bilhões, ou US$ 0,33 por ação, em igual período do ano passado. A receita cresceu 6,3% para US$ 14,5 bilhões. Analistas ouvidos pela Thomson Reuters previam lucro de US$ 0,42 por ação sobre receita de US$ 14,39 bilhões. Apesar do resultado acima do esperado, as ações da Microsoft caíam 4,52% para US$ 29,97 no after-hours. As informações são da Dow Jones. (Regina Cardeal)

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EUA: LUCRO DA AMERICAN EXPRESS DOBRA NO 1º TRI, PARA US$ 885 MI

Nova York, 22 - O lucro da American Express dobrou no primeiro trimestre deste ano e superou a previsão dos analistas, impulsionado por um fortalecimento nos resultados obtidos pela unidade de cartões de crédito e por uma redução nas baixas contábeis em relação a igual período de 2009.

Nos três primeiros meses deste ano, a American Express registrou lucro de US$ 885 milhões, ou US$ 0,73 por ação, em comparação a um lucro de US$ 437 milhões, ou US$ 0,31 por ação, um ano antes. A receita da companhia cresceu 11% na mesma base de comparação, para US$ 6,61 bilhões. Segundo um levantamento da Thomson Reuters, analistas estimavam lucro de US$ 0,63 por ação e receita de US$ 6,34 bilhões.

As ações da AmEx subiam 1,39% no after market, após fecharem em alta de 1,70% no pregão regular. O valor do papel, atualmente próximo de US$ 47,00, quase quadruplicou em relação à mínima de 14 anos registrada no início de 2009.

A unidade de cartões de crédito da companhia, que no primeiro trimestre do ano passado registrou prejuízo de US$ 7 milhões, lucrou US$ 428 milhões em igual período deste ano. A taxa de baixas contábeis relacionadas a cartões de crédito caiu para 7,2%, em comparação a 8,5% e a 8% no primeiro e no quarto trimestres de 2009, respectivamente.

Assim como outras companhias de cartões de crédito, a American Express foi atingida no ano passado pela queda nos gastos dos consumidores e pela inadimplência dos clientes. A empresa, diferentemente das concorrentes, tanto emite cartões como processa as transações. As informações são da Dow Jones. (Gustavo Nicoletta)

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