terça-feira, 16 de junho de 2009

Painel 16/06


O NOVO PLANO DOS EUA

O NOVO PLANO DOS EUA

Principais pontos do plano de reforma financeira de Obama.

1) Maior poder de intervenção do governo.

O governo poderá intervir em empresas que ofereçam risco sistêmico, as chamadas "grandes demais para quebrar", antes mesmo que elas cheguem a um tamanho que comprometa a economia.

Fará isso via um conselho interagências de reguladores e dando mais poder ao Fed, o banco central dos EUA.

2) Mais transparência e liquidez das instituições financeiras.

O governo deve tomar medidas que evitem a exposição excessiva de empresas a instrumentos financeiros complexos.

Entre elas está a exigência de que instituições que negociem ativos baseados em títulos imobiliários, por exemplo, mantenham 5% do valor de risco.
Devem perder poder também as agências classificadoras de riscos. E os derivativos passarão a ser regulados.

3) Criação de superagência de proteção dos consumidores e investidores.
Produtos financeiros dirigidos ao consumidor final, como cartões de crédito, financiamento imobiliário e empréstimos estudantis, serão regulados por uma nova entidade.

O QUE DEVE FICAR DE FORA

Manutenção da sopa de letras de agências reguladoras.
O governo não deve atender a pedidos de políticos e parte do mercado de juntar sob um mesmo guarda-chuva as dezenas de agências reguladoras do mercado financeiro.
A avaliação é que a pulverização atual ajuda a evitar que empresas encontrem brechas nas regras.

Ausência de limite para remuneração de executivos.
Não deve emplacar o teto para remuneração direta e indireta de executivos, uma reivindicação de políticos progressistas, que conta com alta percentagem de apoio da população.

BM&FBovespa já é a 4ª maior bolsa do mundo

BM&FBovespa já é a 4ª maior bolsa do mundo

A expressiva valorização das ações de países emergentes em 2009 fez a BM&FBovespa saltar para a quarta colocação do ranking das maiores bolsas mundiais pelo critério de valor de mercado - que multiplica a quantidade de papéis em circulação pela cotação.

Ontem à tarde, a BM&FBovespa "valia" US$ 12,4 bilhões, atrás apenas da Bolsa de Chicago (US$ 22,6 bilhões), da Bolsa de Hong Kong (US$ 17,2 bilhões) e da Deutsche Börse (US$ 15,4 bilhões), e à frente de tradicionais instituições, como a Bolsa de Nova York e a Bolsa de Londres. A informação foi destacada na edição de ontem do jornal britânico Financial Times (FT). "Duas das maiores bolsas na Ásia e na América Latina ultrapassaram, pela primeira vez, rivais em Nova York e em Londres pelo critério de capitalização de mercado, em um sinal de como a crise econômica e uma competição agressiva nos mercados maduros está transformando o panorama global (no setor)", afirmou a reportagem.

Segundo o analista de instituições financeiras da Corretora Spinelli, Jayme Alves, o avanço da BM&FBovespa é explicado por vários fatores. O primeiro deles é a valorização do mercado acionário brasileiro em 2009. Até ontem, o Índice Bovespa acumulava no ano ganhos de 38,6% em reais. Para comparações internacionais, utiliza-se o Ibovespa em dólar. Como o real subiu mais de 15% no ano, a valorização do mercado brasileiro supera os 50%. Outro fator que, segundo o analista, impulsionou a bolsa brasileira foi a indicação de Arminio Fraga para a presidência do conselho de administração, em substituição a Gilberto Mifano. "Com a mudança, a bolsa passou a ter um perfil mais estratégico do que técnico", disse.

Por fim, Alves citou medidas implementadas pela BM&FBovespa para engordar o volume de negócios. Uma delas foi a parceria com a Bolsa de Chicago (CME). Pelo acordo, investidores podem fazer transações com derivativos da BM&FBovespa em Chicago e vice-versa. A primeira etapa, que começou a vigorar em 30 de setembro de 2008, permitiu que estrangeiros negociassem papéis brasileiros nos EUA. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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