quinta-feira, 27 de maio de 2010

Painel 26/05

ABERTURA: CHINA REITERA APOIO À UE E MERCADOS COMEMORAM

São Paulo, 27 - A sinalização da China de que não está pensando em abandonar seus investimentos na Europa e perspectivas de manutenção do crescimento reconfortam os investidores e dão força à recuperação do euro e das ações na região. A China negou informações trazidas pela mídia de que estaria revendo suas aplicações em bônus europeus e afirmou que a Europa seguirá como um dos principais mercados para o país investir suas reservas internacionais. Algumas seguradoras de vida do Japão e o Banco Central da Coreia do Sul também mostraram comprometimentos com ativos em euros. Mas, especialmente, o carimbo chinês trouxe o euro para o nível de US$ 1,2296, de US$ 1,2193 no final do pregão de ontem em Nova York. Na Espanha, o Parlamento aprovou as novas medidas orçamentárias que preveem corte de gastos, mas em votação apertada. Os futuros de NY indicam alta, as commodities sobem e os Treasuries recuam. Mas a libor voltou a ser fixada em alta, mostrando que o custo para empréstimos entre bancos segue subindo em meio às incertezas.Revisão do PIB será divulgado nos EUA - A agenda de indicadores dos EUA para esta quinta-feira traz como destaques os dados revisados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre e os pedidos de auxílio-desemprego na semana passada,que serão divulgados às 9h30, e o índice de atividade industrial do Meio-Oeste do país, às 13 horas. Hoje, o secretário do Tesouro do país, Timothy Geithner, reúne-se com o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, em Berlim. Mais cedo, Geithner encontrou-se com o presidente do Bundesbank, Axel Weber.Pesquisa de emprego de abril, resultado primário do setor público consolidado e INA da Fiesp são destaques na agenda nacional - O IBGE divulga às 9h a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de abril. Os economistas consultados pelo AE Projeções esperam uma taxa de 7,30% a 7,80%, com mediana de 7,60%. O Banco Central divulga, às 10h30, o resultado primário do setor público em abril. A divulgação ontem pelo Tesouro de um resultado primário para o Governo Central de abril um pouco mais forte que boa parte das expectativas do mercado provocou revisão das previsões de uma parcela do grupo de economistas consultados pelo AE Projeções para o superávit primário do setor público consolidado. Assim, o novo intervalo das previsões do AE Projeções varia de um superávit primário de R$ 8,900 bilhões a R$ 20,000 bilhões, com mediana de R$ 18,900 bilhões. Às 11h, o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, comenta o resultado. A Fiesp e o Ciesp divulgam às 14h30 os resultados do Indicador de Nível de Atividade (INA), referentes ao comportamento da indústria em abril.Meirelles diz que BC atualizará projeção de crescimento do PIB em junho - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse hoje em Londres que a estimativa atual de crescimento do PIB brasileiro para este ano, de 5,8%, pode estar "de alguma forma conservadora". "Vamos atualizar a projeção no próximo mês",afirmou. Em junho, o BC divulga o relatório trimestral de inflação. Ele observou que atualmente as estimativas do mercado estão por volta de uma alta de 6,5% para o PIB neste ano, acima portanto do número do BC.(AE)



OTIMISMO COM CRESCIMENTO E DECLARAÇÕES DA CHINA ANIMAM EXTERIOR

Londres, 27 - O otimismo com as perspectivas de crescimento econômico global contrabalançam a preocupação com os problemas de dívida da Europa nesta manhã,depois de a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) elevar, ontem, suas projeções para crescimento econômico. Os dados revisados sobre o PIB dos EUA poderão contribuir para essas esperanças. Além disso, a China negou que esteja reavaliando suas posições em dívidas em euro, o que ajuda a dar fôlego aos mercados.A OCDE disse ontem que agora prevê expansão de 2,7% na economia dos países que fazem parte do grupo neste ano, acima do crescimento de 1,9% estimado em novembro do ano passado. "A economia global, incluindo países da OCDE e países que não são da OCDE, deverá crescer 4,6% neste ano e 4,5% no próximo, ambas taxas robustas pelos padrões históricos", observou Adrian Foster, analista do Rabobank.Hoje analistas do Standard Chartered afirmaram que indicadores sobre a economia futura e dados sobre produção sugerem uma aceleração no crescimento do PIB de alguns países da zona do euro no segundo trimestre deste ano. Os analistas elevaram a previsão para expansão do PIB da região em 2010 para 1,3%, de 1,2%. No entanto, a estimativa para 2011 foi reduzida para avanço de 1,8%, em vez de 2,0%, por causa do aperto na política fiscal.A negação da China de que esteja reavaliando suas posições em dívidas em euro também colabora para o tom positivo nos mercados. A Administração Estatal de Câmbio Externo da China (Safe, na sigla em inglês) disse que o relato não tem fundamento e que a Europa tem sido e continuará sendo um dos mercados principais para as reservas cambiais do país.Enquanto isso, os investidores aguardam a divulgação dos dados sobre o PIB dos EUA no primeiro trimestre deste ano, prevista para as 9h30 (de Brasília). A previsão é de que o crescimento da economia norte-americana seja revisado para 3,4%, de 3,2%, o que, como observa Foster, vai "manter sustentada a visão de recuperação".O otimismo nos mercados permite que as principais bolsas internacionais apresentem altas expressivas e que o euro ganhe terreno diante do dólar, ao mesmo tempo que as commodities se recuperam. Às 8h (de Brasília), o índice FT-100 de Londres subia 1,84%, o CAC-40 de Paris avançava 2,12% e o DAX de Frankfurt ganhava 2,30%.O euro subia para US$ 1,2306, de US$ 1,2193 no fim da tarde de ontem, enquanto o dólar avançava para 90,48 ienes, de 89,92 ienes ontem. De todo modo, alguns operadores alertam que o euro poderá cair em breve novamente, já que a turbulência nos mercados financeiros da zona do euro mantém os investidores ressabiados com a moeda.Entre as commodities, o petróleo para julho negociado na Nymex subia 2,56%, para US$ 73,34 por barril. Na Comex, o cobre para julho avançava 1,75%, para US$ 3,1345 por libra-peso. As informações são da Dow Jones. (Danielle Chaves)

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