segunda-feira, 24 de maio de 2010

Painel 24/05

TENDÊNCIAS: EXPORTAÇÕES CRESCEM MESMO COM CENÁRIO EXTERNO RUIM

São Paulo, 24 - O resultado da balança comercial da terceira semana de maio, de acordo com a Secex, foi superavitário em US$ 546 milhões, somando, no mês, saldo de US$ 2,0 bilhões. Ainda no acumulado do mês, exportações têm alta de 8,5% ante o mês passado, e importações, perda de 0,8%, comparando pelas médias diárias. Ante maio de 2009, também pelas médias diárias, as diferenças são relevantes, com exportações 37,2% maiores e importações 47,0% acima, explicitando a recuperação ante a crise internacional. O resultado desta semana corrobora nossa expectativa de ampliação devido à melhora nas exportações superior a das importações. Com o escoamento da safra agrícola e com os reajustes nos preços de minérios e celulose e papel, as exportações brasileiras ganham fôlego, ainda que o cenário externo não seja dos melhores, comentam os consultores André Sacconato e Bruno Lavieri. Tendências Consultoria


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NABE PREVÊ RETOMADA CONSISTENTE DA ECONOMIA DOS EUA EM 2010 E 2011

Nova York, 24 - A economia dos Estados Unidos deve mostra uma retomada consistente ao longo deste ano e de 2011, prevê relatório mensal da National Association for Business Economics (Nabe). "Ainda que os riscos envolvendo a Europa tenham aumentado recentemente, a percepção em relação a este país (EUA) melhorou na maioria dos aspectos", avalia o presidente da Nabe, Lynn Reaser. De acordo com o relatório, as perspectivas para crescimento no país estão mais fortes, o desemprego e inflação estão mais baixos, e as preocupações em relação à redução do consumo e ventos contrários no setor financeiro doméstico estão menores. A economia, diz a Associação, está razoavelmente em melhor forma, mas analistas continuam "extremamente"preocupados com a escalada dos imensos déficits federais. A Nabe elevou, marginalmente, as estimativas para o PIB dos EUA de 2010 de 3,1% estimados em fevereiro para 3,2%. Para 2011, a projeção é de crescimento do PIB de 3,2%, marcando dois anos consecutivos de crescimento sustentável e acima do potencial. O documento estima que o potencial do PIB dos EUA estará ao redor de 2,8% nos próximos cinco anos. O crescimento da criação de vagas de empregos deve se manter firme. Para a Nabe, com exceção de uma desaceleração no terceiro trimestre relacionada ao fim das contratações do Censo 2010, os ganhos de emprego devem permanecer robustos em 2010 e 2011. A taxa de desemprego, por sua vez, deve declinar de 9,4% em 2010 para 8,5% estimados para 2011.De acordo com o relatório, o dólar deve reter parte de seus ganhos recentes em relação ao euro e a uma cesta de moedas estrangeiras. Com relação ao risco de default da Grécia, 50% dos associados acreditam que o default não irá ocorrer, embora alguma reestruturação da dívida seja necessária; 12% esperam que o default ocorra nos próximos 12 meses e 37% esperam default no curto prazo, notando que as respostas dos associados foram colhidas antes do anúncio do dia 9 de maio do anúncio do pacote financeiro da União Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu para enfrentar a crise na região. (Luciana Xavier)


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BOVESPA TEM ENTRADA DE R$ 56,985 MI EM K EXTERNO NO DIA 20/5

São Paulo, 24 - Os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 56,985 milhões na Bovespa na última quinta-feira, dia 20. Naquele pregão, o Ibovespa fechou em baixa de 2,51%, aos 58.192,08 pontos, com giro de R$ 7,953 bilhões.Em maio, até o dia 20, o saldo de capital externo na bolsa está negativo em R$ 1,751 bilhão. As compras totalizam R$ 29,495 bilhões e as vendas, R$ 31,246 bilhões. No acumulado de 2010, o déficit de recursos estrangeiros na Bovespa está em R$ 3,032 bilhões. (Eulina Oliveira)



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LOYOLA: É UM BOM SINAL O GOVERNO COGITAR AUMENTO NO SUPERÁVIT

São Paulo, 24 - O ex-presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, afirmou que é um bom sinal o governo estar cogitando a hipótese de elevar o superávit primário neste ano, para além da meta de 3,3% do PIB. A possibilidade foi sinalizada pelo secretário do Tesouro Arno Augustin e apóia-se na alta acima do esperado na arrecadação deste ano, puxada pelo forte crescimento econômico."Mas tem que ser um superávit primário mesmo, sem levar em consideração os descontos relacionados a investimentos no PAC", comentou. "Com o incremento das receitas, neste ano, o governo tem todas as condições de gerar um superávit (sem deduções) entre 3% e 3,5% do PIB", disse. Na avaliação de Loyola, mesmo cumprindo a meta de 3,3% do PIB, sem descontar os gastos do PAC, o superávit primário é "expansionista" do ponto de vista fiscal. Portanto, ele não acredita que, atingido esse patamar isso vá diminuir de forma expressiva o aperto monetário que está sendo conduzido pelo Banco Central.Contudo, Loyola mostra algum ceticismo em relação à possibilidade de o governo conter a partir de agora os gastos públicos. "Já estamos em maio. O superávit primário maior deve ser obtido pelo aumento de arrecadação e não pelo corte de despesas ou gastos. O governo conduz a política econômica com esquizofrênica pois o BC pisa no freio e, ao mesmo tempo, a área fiscal aperta o acelerador", diz.Loyola acredita que o PIB deve crescer 6,6% neste ano e, com a elevação dos juros, que deve chegar a 11,75% em dezembro, a expansão do País deve desacelerar e ficar mais próximo do seu potencial em 2011, para quando prevê taxa de 4,5%. "O País deve ter crescido de forma muito forte no primeiro trimestre, por volta de 2,5%, e é bem provável que essa velocidade diminua no decorrer do ano", encerrou. (Ricardo Leopoldo)

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