segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Painel 28/09

FECHAMENTO: BOVESPA SEGUE NY, SOBE 1,59% E RETOMA 61 MIL PONTOS

FECHAMENTO: BOVESPA SEGUE NY, SOBE 1,59% E RETOMA 61 MIL PONTOS

São Paulo, 28 - Numa sessão de volume fraco e poucos indicadores, a Bovespa retomou o patamar de 61 mil pontos, seguindo o comportamento das bolsas norte-americanas. A alta das commodities, em especial o petróleo, contribuiu para impulsionar papéis de peso no índice, como Petrobras e Vale, embora bancos e construção civil também tenham se destacado na sessão.

O Ibovespa avançou 1,59%, para terminar na máxima pontuação do dia, aos 61.316,62 pontos. Assim como já havia acontecido na última sexta-feira, o giro financeiro foi mais fraco do que a média mensal e somou R$ 3,915 bilhões.

"O mercado está cauteloso. Quem está dentro do mercado, não quer sair, então as realizações de lucro têm sido contidas. Por outro lado, não há um otimismo exagerado para comprar. Daí o volume mais fraco de hoje", comentou o operador-sênior da TOV Corretora Decio Pecequilo.

O sinal positivo de hoje, segundo ele, foi sustentado pela alta das bolsas norte- americanas, embora o feriado judaico do Yom Kippur tenha também limitado o giro por lá. O único indicador divulgado nos EUA não fez preço nos ativos, que reagiram ao noticiário sobre fusões e aquisições.

A Xerox pagará US$ 6,4 bilhões em dinheiro e ações pela empresa de serviços de informação e terceirização Affiliated Computer Services Inc. (ACS); a belga Solvay vai vender suas atividades de fabricação de medicamentos para a concorrente norte- americana Abbott Laboratories, por US$ 6,572 bilhões; e a Johnson & Johnson anunciou a aquisição de 18,1% na companhia holandesa de biotecnologia Crucell por 301,8 milhões (US$ 440 milhões).

Segundo traders, os anúncios de operações de fusões e aquisições fazem os investidores correr atrás de ações que possam ser alvo de aquisição, daí o desempenho positivo das bolsas.

O Dow Jones terminou em alta de 1,28%, aos 9.789,36 pontos. O S&P avançou 1,78%, aos 1.062,98 pontos, e o Nasdaq subiu 1,90%, aos 2.130,74 pontos. O indicador divulgado hoje foi o de atividade nacional nos Estados Unidos do Fed de Chicago, que caiu para -0,90 em agosto, de -0,56 em julho.

No Brasil, Petrobras foi um dos destaques da sessão, com ganhos acima de 2%, ajudada pelo desempenho do petróleo no exterior. O barril negociado na Nymex fechou com variação positiva de 1,24% no contrato para novembro, a US$ 66,84 o barril. Petrobras ON subiu 2,64% e PN, 2,29%.

Vale também terminou no azul, mas com ganhos mais modestos do que a outra blue chip. A ação ON encerrou com elevação de 1,67% e a PNA, de 1,46%. No setor siderúrgico, Gerdau PN subiu 1,65%, Metalúrgica Gerdau PN, 0,67%, Usiminas PNA, 0,55%, CSN ON, 2,83%.

Bancos e construção civil foram destaque. Gafisa ON foi a segunda maior alta do índice, com 3,35%. A retomada da economia brasileira está proporcionando o reaquecimento do setor e uma prova está no resultado da pesquisa do Sinduscon-SP e da FGV Projetos, que mostrou recorde no nível de emprego da construção civil em agosto, com 2,260 milhões de trabalhadores, 2,03% acima do recorde anterior, de julho (2,216 milhões).

Rossi Residencial ON terminou em +1,37%. Hoje teve início o período de reserva para o varejo da oferta de ações da companhia, que se estende até quarta-feira, prazo idêntico ao da PDG Realty, que subiu 4,93%. O preço por ação das duas operações será definido na quinta-feira. Cyrela ON, que também protocolou pedido de oferta de ações na Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), avançou 0,17%.

No segmento financeiro, BB ON ganhou 1,63%. A instituição anunciou que pagará R$ 4,2 bilhões por metade do capital total do Banco Votorantim. Já o Banco Santander informou alteração na data de início da negociação das units de sua oferta, no Nível 2 da Bovespa, para o dia 7 de outubro. Antes, estava prevista para 8 do mês que vem. O período de reserva da oferta de varejo começa hoje e vai até 5 de outubro.
Santander ON, +4,35%. Bradesco PN, +1,91%, Itaú Unibanco PN, +2,22%.

A maior alta do Ibovespa hoje foi BM&FBovespa, com +4,69%. O gerente de análise da Modal Asset Management, Eduardo Roche, disse ao jornalista do AE Vinícius Pinheiro que uma das razões para esta alta é o sucesso das ofertas públicas na Bovespa, que voltaram a crescer nos últimos dias. "Assim como a queda dos volumes negociados no ano passado afetou os papéis da BM&FBovespa, a perspectiva de que a série de ofertas tenha continuidade em 2010 anima os investidores", afirmou. (Claudia Violante)

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