terça-feira, 1 de setembro de 2009

Painel 01/09

SETEMBRO SURGE COMO TESTE PARA MERCADOS GLOBAIS APÓS MESES DE RALI

SETEMBRO SURGE COMO TESTE PARA MERCADOS GLOBAIS APÓS MESES DE RALI

Londres, 1º - Setembro se apresenta como um importante teste para os mercados globais. Tradicionalmente negativo para os negócios, o mês chega após quase um semestre de rali, em meio à estabilização das economias e a expectativa sobre o fim da recessão mundial.

Até então estimulados pela liquidez gerada por políticas de afrouxamento dos bancos centrais, os investidores estão espremidos agora entre o esgotamento das valorizações e os indicadores de atividade que devem continuar apontando para a retomada.

Nesta primeira manhã de setembro, a opção é pela realização de lucros. Ignorando dados positivos da China e da zona do euro, as bolsas europeias recuam perto de 1% e o dólar reaparece como o principal posto de refúgio contra o risco. O petróleo consegue leve recuperação, depois de desabar ontem.

O dia começou com informações mais animadoras sobre a China, que levaram a Bolsa de Xangai para um ganho de 0,60%. O índice de atividade industrial (PMI) subiu de 53,3 em julho para 54 em agosto, segundo o escritório de estatísticas do governo.

Na zona do euro, o mesmo indicador marcou 48,2 no mês passado, acima da projeção de 47,9, puxado pelo desempenho da Alemanha e da França. O desemprego, apesar de ter atingido 9,5%, o mais elevado desde maio de 1999, ficou dentro do esperado pelos analistas.

Agora, as atenções se voltam para os Estados Unidos. Às 11 horas (de Brasília), sai o índice industrial ISM, com perspectiva de que volte a superar a marca de 50, apontando assim expansão pela primeira vez desde janeiro de 2008. É um divisor relevante, até porque no pior momento da crise esse indicador mergulhou para 32,9,em dezembro do ano passado, como lembra o BNP Paribas.

O banco francês acredita que a melhora rápida do indicador deve-se a fatores que são temporários, como a retomada da produção de veículos. "Entretanto, esse salto deve persistir por vários meses e é consistente com nossa projeção de crescimento de 3% do PIB do terceiro trimestre."

A agenda dos Estados Unidos ainda traz os gastos com construção e vendas pendentes de imóveis residenciais em julho, também às 11 horas, além das vendas de veículos novos em agosto - dentro de uma semana agitada e que culmina com o payroll na sexta-feira.

Resta saber se os números norte-americanos conseguirão reverter o ambiente mais arisco desta manhã. Operadores lembram que a situação de liquidez fraca ainda persiste, porque muitos investidores só voltam das férias depois do feriado do Dia do Trabalho nos EUA, na próxima segunda-feira.

Às 7h55 (de Brasília), as bolsas de Londres (-1,13%), Paris (-0,78%) e Frankfurt (-1,47%) recuavam.

As moedas europeias também cediam frente ao dólar. O euro perdia 0,24%, para US$ 1,4317, e a libra, -0,37%, para US$ 1,6239. O dólar operava praticamente estável (+0,01%) na comparação com o iene, a 93,14 unidades.

No mesmo horário, o petróleo conseguia ganho de 0,33%, para US$ 70,19, retomando a casa dos setenta dólares perdida ontem, em dia de liquidação das commodities - que pesou também sobre as ações da Petrobras, pressionadas ainda pela capitalização da União em meio às novas regras do pré-sal. (Daniela Milanese)

EUA: ÍNDICE ISM E DOIS DADOS SOBRE IMÓVEIS SERÃO DIVULGADOS ÀS 11H

EUA: ÍNDICE ISM E DOIS DADOS SOBRE IMÓVEIS SERÃO DIVULGADOS ÀS 11H

Nova York, 1 - Nesta terça-feira, serão divulgados dois indicadores do setor de moradia dos EUA, de investimentos com construção e vendas pendentes de imóveis residenciais. Todos os horários são de Brasília. (Suzi Katzumata)

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