quarta-feira, 20 de maio de 2009

Painel 20/05


PIB DO MÉXICO CAI 8,2% NO 1º TRIMESTRE, MAIOR QUEDA DESDE 1995

PIB DO MÉXICO CAI 8,2% NO 1º TRIMESTRE, MAIOR QUEDA DESDE 1995

IBOVESPA FECHA EM BAIXA DE 0,20%, AOS 51.245,09 PONTOS

IBOVESPA FECHA EM BAIXA DE 0,20%, AOS 51.245,09 PONTOS

São Paulo, 20 - A Bovespa teve um dia de vale a pena ver de novo, repetindo a véspera. Trabalhou em alta durante toda a sessão, mas, nos minutos finais, perdeu o fôlego, acompanhando a inversão para baixo das bolsas norte-americanas. A ata da última reunião do Fomc foi a responsável pela queda em Nova York, ao sinalizar uma recessão mais profunda e uma recuperação mais lenta para a economia. A Bolsa doméstica, no entanto, até que conseguiu mostrar alguma resistência graças ao desempenho das blue chips, sobretudo Petrobras, impulsionada pela alta do petróleo para acima de US$ 62 o barril na Nymex.

O Ibovespa terminou o dia em baixa de 0,20%, aos 51.245,09 pontos. No mês, acumula ganhos de 8,37% e, no ano, de 36,47%. O giro financeiro totalizou R$ 6,388 bilhões.

A recuperação do petróleo foi destaque na sessão de hoje, decorrente da queda dos estoques nos Estados Unidos acima das previsões. Na Nymex, o contrato do petróleo para julho avançou 3,23%, a US$ 62,04, o maior preço desde novembro do ano passado. No Brasil, as ações da Petrobras resistiram à queda do Ibovespa no finalzinho da sessão e subiram mais de 1%. A ON avançou 1,22% e a PN, 1,31%. O noticiário do setor foi recheado hoje.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que o novo marco regulatório do petróleo brasileiro estará pronto em dois meses, prazo necessário para a comissão constituída finalizar os trabalhos e enviar a proposta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Também falou da CPI da Petrobras - que deve ter seus integrantes indicados até amanhã - e garantiu que ela não atrasará os trabalhos da comissão nem o andamento da proposta no Congresso.

Ainda sobre a Petrobras, a empresa divulgou hoje que a produção total de petróleo em abril caiu 0,42% sobre março, para uma média de 2,109 milhões de barris por dia. A queda decorreu de paradas programadas em algumas plataformas.

E se Petrobras foi o ponto de resistência hoje, Vale, outro porto seguro, também não
desapontou. Subiu praticamente toda a sessão, mas arriscou o vermelho na reta final, o que levou algumas siderúrgicas a também inverterem. Como esses papéis subiram mais do que Petrobras nas sessões anteriores, nada mais natural que a correção final tenha ocorrido nelas. Vale ON terminou em +0,31%, Vale PNA, em -0,03%, Gerdau PN em -2,17%, Metalúrgica Gerdau PN, em -2,43%, CSN ON, em +0,75%, e Usiminas PNA, em +1,48%.

A perda de fôlego a minutos do término do pregão, repeteco de ontem, decorreu da Ata do Fomc. Os investidores não gostaram do trecho em que há projeções sobre uma recessão econômica mais profunda do que a originalmente prevista para os EUA em 2009. As autoridades do Federal Reserve estimam que a economia deve sofrer um declínio de entre 1,3% e 2% neste ano. Em janeiro, eles previam contração de entre 0,5% e 1,3%. O prognóstico para 2010 também foi revisado em baixa, para um crescimento em torno de 2% a 3%.

O Dow Jones terminou o pregão em queda de 0,62%, aos 8.422,04 pontos, o S&P caiu 0,51%, aos 903,47 pontos, e o Nasdaq 0,39%, aos 1.727,84 pontos.

No Brasil, os 52 mil pontos estão 'encantados', já que há um resistência gráfica neste patamar que está difícil de ser rompido. A maioria dos analistas diz que, na verdade, após essa esticada não haveria justificativa para os ganhos aumentarem ainda mais, o que significa dizer que ir além dos 52 mil pontos requisita dados concretos e mais fortes sobre uma recuperação global. Apesar dessa percepção, o que tem movido a Bovespa é o fluxo estrangeiro. E ele não para de chegar.

Apesar da resistência do Brasil à crise, o País também está sentindo seus efeitos, tanto que o governo divulgou hoje sua nova previsão para o PIB. Agora, a economia deve encerrar 2009 com alta de 1%, metade dos 2% estimados antes.
(Claudia Violante)

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