quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Painel 27/08

EXTERIOR SEGUE A ESMO E AGUARDA DADOS DOS EUA PARA DEFINIR RUMO

EXTERIOR SEGUE A ESMO E AGUARDA DADOS DOS EUA PARA DEFINIR RUMO

Londres, 27 - Os mercados internacionais vão andando a esmo nesta manhã de quinta-feira, ainda sem dados suficientes para definir o rumo. A direção deve ser dada logo mais pela revisão do PIB dos Estados Unidos e os pedidos de auxílio-desemprego.

Em clima de marasmo, as bolsas europeias oscilam ao redor da estabilidade, enquanto as principais moedas registram movimentos variados.

Analistas acreditam que a nova leitura do PIB norte-americano, a ser divulgada às 9h30 (de Brasília), apontará queda de 1,5%, pior do que o recuo de 1% anunciado anteriormente.

A reação dos investidores é um grande ponto de interrogação, especialmente após a apatia demonstrada com os fortes dados do setor imobiliário ontem. As vendas de residências novas dispararam 9,6% em julho, muito acima da previsão de alta de 1,6%.

Esse foi mais um de tantos sinais apontando para uma recuperação econômica. "Há poucas dúvidas de que o mercado imobiliário dos EUA está emergindo das cinzas", diz Dimitry Fleming, do ING.

O banco avalia que, diante dos indicadores mais recentes, o PIB norte-americano terá resultado estrondoso no terceiro trimestre. A previsão atual é crescimento de 3%,mas a instituição, que está entre as mais pessimistas da Europa, avalia que a economia pode avançar ainda mais do que isso no período.

Os questionamentos, é claro, estão voltados para o longo prazo, diante do aumento do desemprego. "É difícil ignorar que o ciclo do mercado imobiliário dos EUA está virando, mas vamos esperar para ver se as vendas podem se sustentar sem a ajuda do governo", afirma o ING.

Na agenda do dia ainda estão os pedidos de auxílio-desemprego, também às 9h30. Para Boris Schlossberg, da corretora GFT, esse dado pode ser o real condutor dos mercados hoje. "O crescimento estrutural da economia dos EUA não pode começar até que o emprego se estabilize e o consumo seja retomado", avalia.

Por hora, as bolsas europeias não encontram forças para nenhuma movimentação mais expressiva. A atual precificação dos ativos continua funcionando como barreira para novos ganhos e os investidores seguem cautelosos com o momento de uma realização do rali dos últimos meses.

Às 7h55 horas (de Brasília), as bolsas de Londres (+0,04%) e Paris (+0,07%) conseguiam tocar o terreno positivo, mas Frankfurt perdia -0,15%.

O euro ganhava 0,15%, para US$ 1,4265, enquanto a libra recuava 0,18%, para US$ 1,6190. O dólar valia 93,69 ienes, alta de 0,05%.

No mesmo horário (acima), o petróleo mostrava desvalorização de 0,42%, para US$ 71,12, no pregão eletrônico da Nymex. (Daniela Milanese)

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