terça-feira, 11 de agosto de 2009

Painel 11/08

EXTERIOR REAGE COM CAUTELA A DADOS DA CHINA; COMMODITIES SOBEM

EXTERIOR REAGE COM CAUTELA A DADOS DA CHINA; COMMODITIES SOBEM

Londres, 11 - Em um tom mais cauteloso, os mercados internacionais reagem com movimentações modestas aos dados vindos da China na manhã desta terça-feira. As commodities conseguem subir levemente, mas as ações europeias tropeçam, já com pouco fôlego depois do rali recente.

Causou certa precaução o fato de a produção industrial chinesa ter avançado 10,8% em julho, um número robusto, porém abaixo das projeções (+11,5%). Para calibrar, as vendas no varejo dispararam 15,2%.

Para os especialistas do Standard Chartered, os dados sugerem que a recuperação da China é sólida, mas perdeu força no mês passado. "A retomada em formato de 'V'parece ter levado um pequeno puxão da gravidade."

Boris Schlossberg, da corretora GFT, acredita que os "esteroides" aplicados pelo pacote de estímulo do governo chinês são insustentáveis sem a recuperação da demanda do Ocidente. "A economia chinesa sozinha simplesmente não é grande o suficiente para crescer a dois dígitos puxada somente pela demanda interna."

De qualquer forma, os números podem acabar limando o temor dos mercados de aperto monetário na China, o que andou afetando as commodities dias atrás. Conforme o Standard Chartered, o resultado da produção industrial reforça a visão de que é cedo para uma mudança na política macroeconômica.

As commodities conseguem se manter em leve alta na manhã de hoje. Às 7h55 (de Brasília), o petróleo subia 0,17%, para US$ 70,72. Os metais mostravam desempenhos semelhantes - a prata (+0,10%), a platina (+0,36%) e o cobre(+0,43%)registravam ganhos modestos.

Nos Estados Unidos, a agenda traz indicadores menos observados, como a produtividade e o custo da mão de obra do segundo trimestre (às 9h30, de Brasília) e os estoques no atacado em junho (às 11 horas).

Além da avaliação sobre as condições da recuperação econômica, os especialistas também estão de olho na reação do dólar. Depois do payroll, o objetivo é saber se a moeda agora vai se direcionar pelos fundamentos, e não mais pelo sentimento de risco.

O analista Ulrich Leuchtmann, do Dresdner Kleinwort, acredita que os indicadores a serem divulgados ao longo da semana serão um bom teste para ver se as boas notícias para a economia dos EUA passarão a significar também valorização da divisa norte-americana.

Às 7h55 (de Brasília), a bolsa de Paris operava estável (0,00%), mas Londres(-0,25%) e Frankfurt (-0,44%) caíam. (Daniela Milanese)

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