quinta-feira, 1 de julho de 2010

Painel 01/07

EUA: CÂMARA APROVA PROJETO DE REFORMA DO SISTEMA FINANCEIRO

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EUA: DIRETORIA DA YAHOO APROVA RECOMPRA DE US$ 3 BILHÕES EM AÇÕES

San Francisco, 30 - A provedora de serviços na internet Yahoo informou que sua diretoria autorizou a recompra até US$ 3 bilhões em ações ordinárias nos próximos três anos. A recompra acontece em um momento em que a Yahoo já havia quase esgotado seu plano anterior de recompra de US$ 3 bilhões, aprovado em 2006. A empresa disse aos investidores no fim de maio que tinha apenas US$ 373 milhões sobrando do programa anterior.

O novo plano de recompra "é condizente com o compromisso da empresa de devolver valor aos acionistas", disse a porta-voz Dana Lengkeek. A Yahoo disse que a recompra poderá acontecer no mercado aberto ou em transações negociadas privadamente, incluindo transações com derivativos.

As ações da Yahoo vêm caindo desde que a empresa rejeitou uma oferta de aquisição de US$ 33,00 por ação da Microsoft, em 2008. Hoje, as ações da empresa caíram 1,42% e fecharam a US$ 13,84, acumulando perda de mais de 17% neste ano. As informações são da Dow Jones. (Álvaro Campos)

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BB: AÇÃO SAI A R$ 24,65 E OFERTA MOVIMENTA ATÉ R$ 9,761 BILHÕES

São Paulo, 30 - A oferta de ações do Banco do Brasil movimentou R$ 9,761 bilhões, de acordo com dados encaminhados hoje à noite à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O preço por ação foi definido em R$ 24,65, a mesma cotação de fechamento do papel hoje na Bolsa. A piora no humor dos investidores por conta das incertezas sobre o ritmo de recuperação da economia global não chegou a atrapalhar a operação, cuja demanda superou a oferta em mais de duas vezes, conforme apurou a Agência Estado. O banco, porém, precisou aceitar um preço menor pelos papéis. Nos últimos dois pregões, as ações do BB acumularam queda de 7,33%.

A perspectiva de crescimento do setor bancário brasileiro e o desconto dos papéis do BB em bolsa na comparação com os principais concorrentes privados fizeram com que a oferta fosse bem recebida pelos investidores estrangeiros. "O BB tem uma história bem vendável lá fora", relatou uma fonte que acompanhou a operação.

Durante o processo de apresentação da oferta (roadshow), apenas um grande investidor norte-americano teria entrado com uma ordem de compra de US$ 500 milhões. Da Ásia,um fundo soberano do Oriente Médio demonstrou interesse por ficar, sozinho, com 10% dos papéis da oferta.

Após as aquisições da Nossa Caixa e da participação no Banco Votorantim, além do aumento na concessão de financiamentos em meio à crise financeira internacional, quando os bancos privados pisaram no freio do crédito, o BB chegou perto dos limites permitidos pelo Banco Central (índice de Basileia) e precisava se capitalizar para manter o ritmo de crescimento.

A venda de pelo menos um quarto da oferta já estava garantida para o Fundo Soberano Brasileiro e para a Previ, fundo de pensão dos funcionários do BB. Para analistas, a prorrogação do processo de capitalização da Petrobras para setembro também contribuiu para aumentar a demanda pela oferta.

O BB pretendia emitir inicialmente 286 milhões de novas ações ordinárias (ON), para fortalecer o patrimônio da instituição, e vender outros 70,849 milhões de papéis que pertencem ao BNDESPar e dois fundos administrados pela Caixa Econômica Federal. Além desses dois blocos, foram registradas 39,150 milhões de ações do lote suplementar, que se não for exercido no prazo de 30 dias reduzirá o valor final da operação para R$ 8,8 bilhões.

Após a oferta, o porcentual de ações do BB em circulação no mercado aumentará de 21,9% para até 30,3%. Já a participação da União no capital do banco será reduzida de aproximadamente 65% para 59%, sem considerar a fatia de pouco mais de 2% que será detida pelo fundo soberano brasileiro. A captação foi coordenada pela unidade de banco de investimento do próprio BB, que atuou ao lado de Merrill Lynch, BTG Pactual, Citigroup e JPMorgan.(Vinícius Pinheiro)

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