sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Painel 04/12

TÓQUIO AVANÇA 0,5% E SUPERA 10 MIL PONTOS APÓS MAIS DE UM MÊS; XANGAI SOBE 1,6%

TÓQUIO AVANÇA 0,5% E SUPERA 10 MIL PONTOS APÓS MAIS DE UM MÊS; XANGAI SOBE 1,6%

CHINA/REGULADOR:COMPOSIÇÃO DE RESERVAS NÃO MUDOU; DÓLAR É PRINCIPAL

CHINA/REGULADOR:COMPOSIÇÃO DE RESERVAS NÃO MUDOU; DÓLAR É PRINCIPAL

Pequim, 4 - A China não promoveu nenhuma grande mudança em sua estratégia para administrar as reservas em moeda estrangeira, apesar de algumas autoridades e economistas defenderem maior diversificação. A declaração foi dada nesta sexta-feira pelo vice-diretor da Administração Estatal de Câmbio do país, Wang Xiaoyi, em meio ao enfraquecimento do dólar.

"A composição (das reservas) continua como estava; não há nenhuma grande mudança", afirmou Xiaoyi, às margens de um fórum econômico. Ele não deu detalhes sobre a composição das reservas, mas disse que elas continuaram a crescer em outubro e novembro, dos US$ 2,27 trilhões no final de setembro - o último mês para os quais os dados oficiais estão disponíveis.

"Não estamos fazendo grandes ajustes de direção. Nossas operações ainda estão como o normal, o que significa que seguem a meta de gerenciamento de reservas", disse Xiaoyi.

Paralelamente, a cópia de um livro sobre gerenciamento de câmbio publicada no site do regulador cambial afirmou que a estratégia de manter o dólar como parte principal das reservas e adequadamente diversificar em outras moedas atende as necessidades da nação.

A China vai continuar prudente em investir suas vastas reservas e vai persistir em diversificar em moedas principais e ativos de boa qualidade, afirma o livro, crescentando que o papel do dólar como moeda principal de reserva não mudará no curto prazo.

Altas autoridades chinesas, incluindo o primeiro-ministro Wen Jiabao, manifestaram repetidamente neste ano a preocupação com o dólar, que responde pela maior parte das reservas em moeda estrangeira da China, as maiores do mundo. A China teme que a enorme dívida assumida pelo governo dos EUA para sustentar os gastos com o estímulo à economia possam levar à inflação, afetando o valor das reservas chinesas.

Em seu pronunciamento no fórum, Xiaoyi disse que o órgão regulador continuará a liberalizar a conta de capital, mas também reiterou que serão reforçados o monitoramento dos fluxos de capital e os controles de risco.

Na última segunda-feira, em reportagem do jornal "Economic Information Daily", uma fonte da Comissão de Administração e Supervisão dos Ativos Estatais disse que a crise da Dubai World é uma oportunidade para a China investir parte de suas reservas cambiais em ouro e petróleo. As informações são da Dow Jones. (Clarissa Mangueira)

EM MOVIMENTO TÍPICO, CAUTELA MARCA ESPERA PELO PAYROLL NO EXTERIOR

EM MOVIMENTO TÍPICO, CAUTELA MARCA ESPERA PELO PAYROLL NO EXTERIOR

Londres, 4 - Esta é uma típica primeira sexta-feira do mês nos mercados internacionais: a cautela marca a espera pelos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos. Nenhuma decisão importante de investimento será tomada antes das 11h30 (de Brasília), quando surgirão os números do payroll.

Como sempre, as informações geram muita expectativa. O pano de fundo continua caracterizado pelo sentimento firme dos investidores, que passaram pelo calote de Dubai com uma correção rápida. Mas, como lembra Jim Reid, estrategista do Deutsche Bank, o índice de atividade do setor de serviços (ISM) trouxe algum receio ontem,ao voltar para o território da contração, abaixo de 50.

Também levantou suspeita a pesquisa ADP, que mostrou redução de 169 mil vagas no setor privado em novembro, acima do previsto - embora os pedidos de auxílio-desemprego tenham caído para o menor nível desde setembro de 2008.

Analistas avaliam que os cortes de postos de trabalho seguirão perdendo intensidade, já que a economia dos Estados Unidos saiu da recessão e engata a retomada. Mas a velocidade da melhora é a grande dúvida. Para hoje, o consenso aponta queda de 125 mil vagas, resultado melhor do que o registrado em outubro (-190 mil). O desemprego deve ficar estável em 10,2%.

A decepção com dados recentes, no entanto, faz alguns analistas questionarem a projeção, agora considerada otimista por alguns. "Ninguém deveria levar as projeções para o payroll muito a sério, mas os mercados levam e sempre respondem fortemente a eventuais desvios", anota Rob Carnell, do ING, ao afirmar que o número é difícil de prever e o menos confiável do G-7, por passar frequentemente por revisões expressivas.

O ING estima redução de 165 mil vagas em novembro. Obviamente, não é a única projeção acima do consenso na praça. O UniCredit espera -180 mil e o BNP Paribas revisou a estimativa para baixo diante dos indicadores recentes, de -130 mil para -160 mil, com desemprego em 10,4%. "Nossa projeção reconhece que o mercado de trabalho está melhorando e que os cortes de vagas estão ficando menores a cada mês, apesar do ritmo mais lento do que no início do ano", diz Brian Fabbri, do banco francês.

Com todos esses alertas, é possível que os investidores estejam mais preparados para eventuais surpresas negativas. Ontem mesmo as bolsas já passaram por um ajuste em preparação aos aguardados números desta sexta-feira.

Às 7h38 (de Brasília), as bolsas de Londres (-0,55%), Paris (-0,55%) e Frankfurt (-0,66%) eram marcadas pela tradicional precaução pré-payroll. O petróleo tinha leve queda de 0,55%, para US$ 76,04, no pregão eletrônico da Nymex.

Apesar do clima de cautela, as moedas europeias iniciam o dia em leve alta. O analista Boris Schlossberg, da corretora GFT, atribui o movimento às informações prestadas hoje pela China, de que a estratégia de manter o dólar como parte principal das reservas e adequadamente diversificar em outras moedas atende as necessidades da nação.

No mesmo horário (acima), o euro (+0,04%, a US$ 1,5064) e a libra (+0,43%, a US$ 1,6611) subiam. Na comparação com o iene, o dólar perdia 0,01%, para 88,15 unidades. (Daniela Milanese)

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