terça-feira, 22 de junho de 2010

Painel 22/06

BARCLAYS: ALTA DO YUAN BENEFICIARÁ EXPORTADORAS DE FERRO DO BRASIL

Rio, 22 - Analistas do Barclays disseram que as exportadoras de minério de ferro do Brasil, entre elas a Vale, a MMX Mineração e Metálicos e a Cia. Siderúrgica Nacional, deverão beneficiar-se da valorização do yuan chinês. Para eles, uma valorização de 5% do yuan frente ao dólar, prevista para 2011, deverá tornar as siderúrgicas chinesas menos competitivas.Os analistas do Barclays disseram acreditar que os custos de produção de minério de ferro na China vão subir em dólares, o que poderá fazer o preço do metal no mercado spot elevar-se em 5%, para algo em torno de US$ 60 por tonelada no longo prazo; a previsão anterior era de US$ 55 por tonelada. Com isso, as ações de empresas como Vale, MMX e CSN poderão ter uma valorização de até 6% no longo prazo.A analista do Barclays Gayle Barry afirmou que "os produtores chineses, que já têm um dos custos de produção mais altos do mundo para alguns metais, poderão se tornar menos competitivos na margem do que seus concorrentes internacionais".Ela também disse que a produção de alumínio da China poderá ser especialmente atingida pela flexibilização do regime cambial chinês. "Boa parte da produção de alumínio da China está no quartil mais alto da curva de custo, e já enfrentou elevações de custos com o fim das tarifas preferenciais de eletricidade", acrescentou. As informações são da Dow Jones. (Renato Martins)

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CENÁRIO-1: BOLSA SOBE DESCOLADA DE NY; IPCA-15 E CMN NÃO FAZEM PREÇO

A Bovespa opera com alta firme no final desta manhã, em contraste com as bolsas norte-americanas, que oscilavam entre o negativo e o levemente positivo. As compras na Bolsa brasileira aumentaram o ritmo após as 12h30, com participação de investidores estrangeiros e reforço da demanda por ações influenciadas pelo consumo interno. Os mercados, de forma geral, abriram o dia em meio a um sentimento de cautela, depois que o foco foi dirigido novamente para a Europa, com o esfriamento do efeito de China desde ontem. A Europa viu-se pressionada de novo pelas ações do setor bancário e o clima piorou, também em Wall Street, após a divulgação da queda inesperada nas vendas de imóveis residenciais usados norte-americanos em maio (-2,2%), contrariando expectativas de alta de 5,5%. Entretanto, ao menos nos EUA, o setor de tecnologia contrabalançou o pessimismo, particularmente com as vendas de iPad da Apple. Nos mercados domésticos de câmbio e juros, a manhã foi morna. O dólar cede ante o real, ainda embalado pelas expectativas de entradas de recursos,enquanto as taxas dos contratos de DI futuro mostram baixa oscilação, ante um IPCA-15 dentro das previsões e números do Caged - de ontem à noite - sem impacto nos negócios. Há pouco, o Conselho Monetário Nacional ratificou o consenso de mercado de que a meta de inflação para 2012 teria seu centro em 4,5%, repetindo 2010 e 2011, inclusive na margem de variação de 2 pontos porcentuais para cima ou para baixo. O conselho manteve também em 6% a TJLP para vigorar no terceiro trimestre. Tais decisões, mais do que esperadas, não fazem preço nos juros. (AE)

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